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Há 59 anos

Amigos do Basquetebol!

Há 59 anos nascia naquela Rua João Pessoa 500, em São Caetano do Sul, um garoto de uma típica família italiana, classe média, filho de fabricante de calçados e cintos e de dona de casa.

O garoto que frequentava o Externato Santo Antonio, vestindo um aventalzinho (que hoje seria considerado ridículo), jogava bola na rua  de paralelepípedo com seus amigos da Augusto de Toledo e travava grandes clássicos contra a turma da Autonomistas.

O tempo passou e o garotinho em um belo dia foi levado pelo amigo e irmão Sílvio para treinar basquete com o Seu Zé, na sede do São Caetano Esporte Clube. O primeiro treino foi um desastre. Chuva torrencial e a quadra que era externa de cimento e com tabelas de madeira fez com que o treino fosse no único lugar coberto disponível e os arremessos tivessem como alvo os vãos das vigas de madeira do telhado. Aí acho que o garoto pegou o gosto pelo tal basquete.

Os primeiros jogos contra o São Paulo no Morumbi e Pinheiros e assistir aos jogos do timaço do Corinthians da década de 60 foram alimentando o gosto por esse estranho esporte. O garoto foi levado ao Pinheiros pelo saudoso João Francisco Brás, depois de ter passado pelas mãos do Sidão em São Caetano.

Ao mesmo tempo, ele e sua turma do Bonifácio de Carvalho (Nego, Cadado, Lauriano, Piza, Centelhas, Haraldo, Grespan  e outros que a memória teima em não lembrar) barbarizavam nas Olimpíadas Colegiais de S.Caetano. Tri Campeões invictos (1969, 1970 e 1971).

A faculdade de Educação Física e o Tiro de Guerra obrigaram o garoto a abandonar a promissora carreira de armador. Claro que a pouca estatura também contribuiu para que o Brasil perdesse um de seus maiores astros no Basquetebol. Mas o convívio com mestres do esporte (Daiuto, Medalha e Guilmar) fizeram com que o garoto (já um pouquinho mais crescido) nunca deixasse de alimentar a paixão pelo basquetebol.

Depois da faculdade veio a possibilidade de trabalhar com esse esporte maravilhoso, inicialmente no Tamoyo de São Caetano, na Hebraica, Palmeiras (sim, o garoto trabalho no Palmeiras), Pinheiros, Santo Américo, Paineiras e Monte Líbano, locais onde conviveu com grandes treinadores como o Tácito Pinto Filho, Wilson Collin, Ruben Lopez e José Edvar Simões.

Mas foi na Escola de Educação Física da USP que o garoto, agora um jovem professor universitário pode aprimorar seus conhecimentos no esporte da cesta dividindo o trabalho com grandes mestres, especialmente o amigo e irmão Lula Ferreira com quem publicou seu primeiro livro de basquetebol.

Ai vieram outros livros com outros grandes colegas e muitos trabalhos no basquetebol como a organização de eventos nacionais e internacionais e a coordenação das primeiras estatísticas de jogos contribuindo muito para o desenvolvimento desta atividade que hoje é fundamental para o aprimoramento do basquetebol.

A vida acadêmica evoluiu e deu ao jovem, agora já um pouco mais experiente, a oportunidade de passar por todos os setores da universidade: de aluno a diretor de unidade. De auxiliar de ensino a professor titular.

Mas foi o basquetebol que proporcionou ao então profissional já consolidado muitas viagens  nacionais e internacionais, a trabalho ou pelo simples prazer de acompanhar campeonatos e torneios. Três Mundiais e três Jogos Olímpicos, além de torneios internacionais, Pré Olímpicos e Copa América.

A vida daquele jovem que nasceu lá no distante 1953 mudou radicalmente. E muito se deveu ao basquetebol.

Mas é claro que aquele garotinho encontrou respaldo em uma família maravilhosa e que hoje ele vê se consolidar através de seus filhos e noras (e quem sabe logo, logo os netos).

Além do basquetebol, curtiu sua outra paixão esportiva: o Corinthians. Foram muita emoções, algumas frustrações, grandes alegrias. Mas sempre um louco no bando.

Enfim, aquele garotinho da João Pessoa 500 aproveitou, e muito, esses seus primeiros 59 anos de vida. E pretende aproveitar muito mais sempre contando com a participação dos inúmeros amigos que direta ou indiretamente o acompanham no blog, nos artigos e nos livros.

E é por isso que aquele garotinho, nascido em 30 de novembro de 1953 agradece o carinho de todos e quer sempre ter essa companhia.

E agora ele parte rumo aos 60. Sempre com muito amor, carinho, saúde, Corinthians e, é claro, Basquetebol.

Que venham muitas cestas de 3 pontos.

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NBB 5: vai ser dada a largada

Amigos do Basquetebol

Dia 23 de novembro Minas TC x Tijuca darão início a mais uma versão do NBB. Esta iniciativa que tem contribuído demais para o retorno do basquetebol brasileiro ao gosto do público e também para a reafirmação do nosso basquetebol no cenário internacional volta este ano, mas com novidades.

Serão 18 equipes e entre elas quatro estreantes: Basquete Ceará, Palmeiras, Mogi das Cruzes e Suzano. Catorze retornam e entre elas, 10 participaram das quatro edições anteriores: Flamengo, Brasília, Minas, Joinville, Bauru, Franca, Pinheiros, Paulistano, S.José e Vila Velha.

Com três participações temos a equipe de Limeira. Uberlândia participou duas vezes e Sorocaba e Tijuca apenas uma vez  (em 2011/2012).

Das equipes que participaram na temporada passada somente Araraquara não retornará.

Outra novidade é a inclusão do descenso. As duas últimas classificadas no NBB 5 disputarão o direito de permanecer no NBB com as duas equipes finalistas da Copa do Brasil.

Com certeza teremos um campeonato repleto de emoções e de grandes estrelas nacionais e internacionais.

Alguns números

Maior número de jogos: Brasília – 159; Flamengo – 151; Joinville – 146

Maior número de vitórias: Brasília – 117; Flamengo – 113; Joinville e Pinheiros – 83

Melhor aproveitamento geral: Flamengo – 74,8%; Brasília – 73,6%; Uberlândia – 64,4%

Melhor campanha: Flamengo (2008/2009) – 35-4-89,7%

Títulos

2008/2009: Flamengo (vs. Brasília – 3×2)

2009/2010: Brasília (vs.Flamengo – 3×2)

20010/2011: Brasília (vs. Franca – 3×1)

2011/2012: Brasília (vs. São José – jogo único)

Quadro Geral

Clubes Part V D TJ %
Araraquara 4 30 87 117 25,6
Bauru 4 74 58 132 56,1
Brasília 4 117 42 159 73,6
Flamengo 4 113 38 151 74,8
Franca 4 82 56 138 59,4
Joinville 4 83 63 146 56,8
Minas 4 71 59 130 54,6
Paulistano 4 46 73 119 38,7
Pinheiros 4 83 55 138 60,1
São José 4 70 64 134 52,2
Vila Velha 4 25 88 113 22,1
Assis 3 26 59 85 30,6
Limeira 3 48 50 98 49
Saldanha 2 10 44 54 18,5
Uberlândia 2 47 26 73 64,4
Lajeado 1 4 24 28 14,3
Londrina 1 8 18 26 30,8
Sorocaba 1 11 20 31 35,5
Tijuca 1 10 22 32 31,3
Vitória 1 7 21 28 25
Final do NBB 2011/2012 – Casa cheia em Mogi das Cruzes para a final entre Brasília e São José
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Eurobasket 2013: grupos definidos

Amigos do Basquetebol

Foram definidos os grupos da Eurobasket – 2013 que será realizado na Eslovênia, de 4 a 22 de setembro.

São 24 seleções divididas em quatro grupos. Três países de cada grupo classificam-se para as oitavas de final (GA=GB formando o grupo E e GC+GD formando o grupo F).

Os quatro primeiros dos grupos E e F classificam-se jogando no sistema cruzado e os vencedores disputarão as semi-finais.

Os grupos:

A – Ucrânia, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Israel e Bélgica

B – Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Lituânia, Montenegro, Letônia e Macedônia

C – Polônia, Eslovênia, Espanha, Croácia, Rep. Tcheca e Geórgia

D – Finlândia, Grécia, Rússia, Itália, Suécia e Turquia

A Espanha é a atual Bi-Campeã (2009/2011) e a maior vencedora é a antiga União Soviética com 14 títulos, seguida pela antiga Yugoslávia com 8 títulos.

Espanha (vice campeã), Rússia (medalha de bronze), França (6o.), Lituânia (8o.) e Grã-Bretanha (9o.) participaram dos Jogos Olímpicos de Londres.

Com certeza teremos outro campeonato espetacular e que valerá a pena acompanhar – http://eurobasket2013.org

 

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Kareem Imortal!

Amigos do Basquetebol

Kareem Abdul Jabbar, nascido em 16 de abril de 1947 Ferdinand Lewis Alcindor, um dos maiores pivôs da história do basquetebol mundial foi imortalizado nesta semana, quando foi inaugurada sua estátua em frente ao Staple Center, atual casa do Los Angeles Lakers.

Kareem é uma lenda. Criou um dos arremessos mais difíceis de serem marcados o “Sky Hook” e sempre fez parte de qualquer seleção dos melhores da NBA em todos os tempo.

Sua carreira é impressionante tanto no Basquetebol Universitário quanto na NBA.

Fez parte da fantástica equipe da UCLA, dirigida por John Woodden, onde atuou de 1966 a 1969 quando foi “draftado” pelo Milwakee Bucks. Na UCLA obteve 3 títulos e foi considerado o melhor jogador universitário em três temporadas.  Sua média de pontos como universitário foi de 26,4 e 15,5 rebotes em 88 jogos. Foi eleito três vezes o MVP do Final Four e duas vezes o “Player of the Year”.

Em 1969 passou a integrar a equipe do Milwakee Bucks (1a. escolha do “draft”), onde realizou 467 jogos e obteve um título na sua primeira temporada. Em 1970 foi eleito o “Roockie of the Year” (melhor calouro do ano).

Em 1975 transferiu-se para o Lakers onde encerrou a carreira em 1989, com 42 anos de idade. No Lakers foram 1093 jogos, totalizando 1560 jogos, o segundo maior da NBA.

Seus números são impressionantes:

1560 jogos

38.387 pontos (o primeiro na NBA) – 24,6 pts/jogo

57.446 minutos (o primeiro na NBA) – 36,8 min/jogo

17.440 rebotes (quarto na NBA) – 11,2 reb/jogo

3189 tocos – 2,1 tocos/jogo

56% de aproveitamento de arremessos

72,1% de aproveitamento de lances-livres

24,6 de eficiência

Nos Play-offs:

237 jogos

5762 pts – 24,1 pts/jogo

10,1 rebotes/jogo

No All-Star Game:

18 vezes (10 no primeiro time)

13,9 pts/jogo

8,3 reb/jogo

Honrarias:

6 títulos (5 com o Lakers e 1 com o Milwakee) – terceiro da NBA

6 vezes MVP

5 vezes All Defensive Team

Nomeado para o Hall of Fame em 1995

Em 1996 foi nomeado um dos 50 maiores jogadores da NBA de todos os tempos

Quem teve o privilégio de vê-lo jogar (pela tv ou ao vivo, como eu tive) jamais esquecerá daquela figura ímpar que dominava o garrafão, trabalhava seu “sky kook” de ambos os lados e distribuia tocos fantásticos.

Parabéns ao Imortal Kareem Abdul Jabbar e muito obrigado por tudo que fez pelo basquetebol.

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O que acontece como nosso basquetebol feminino?

Amigos do Basquetebol

O que acontece com nosso basquetebol feminino?

Leio as notícias nos blogs de colegas e nos jornais (as poucas que saem) e fico cada vez mais abismado com aquilo que elas retratam.

É impressionante a capacidade que as pessoas têm de lidar de forma inadequada com um produto que poderia ser altamente atraente se fosse encarado seriamente e de forma profissional.

Não é possível que uma modalidade que, em épocas das vacas magras do masculino, nos trouxe tantas alegrias (campeã Mundial em 1994, Prata em Atlanta em 1996, bronze em Sydney em 2000) esteja na situação em que se encontra atualmente. Isto sem esquecer de citar as grandes equipes que nos brindavam com maravilhosos espetáculos nas décadas de 60 e 70.

O que acontece? Que respostas nossos dirigentes nos dão para a falta de equipes na base? Quais as justificativas para que os campeonatos sejam cada vez menos atraentes e provoquem o final de equipes tradicionais? Porque não temos mais atletas que possam nos representar nas principais competições internacionais de forma digna?

Faltam dirigentes capacitados? Faltam treinadores capacitados? Faltam atletas comprometidas? Falta divulgação do esporte nas escolas? Falta vontade política para mudar a situação? Falta dinheiro?

Enfim, o que está faltando?

Será que não está na hora de se reunir pessoas que pensem realmente no desenvolvimento do basquetebol feminino e deixem de lado seus próprios anseios para discutir um plano de ação para tirar o feminino deste marasmo?

Vamos esperar chegar ao fundo do poço? Ou vamos entrar na velha balela do Ciclo Olímpico? 2016 já está aí.

Se não houver uma movimentação imediata em 2016 vamos de novo amargar decepções.

No post publicado em 9/2/2011 fiz a seguinte pergunta: Como será o amanhã? Responda quem souber…. e apontei alguns aspectos que, depois de mais de um ano e meio, constato que não foram modificados.

No caso do feminino acho que teremos que reformular a questão:

O que será do basquetebol feminino já? Será que alguém sabe responder?

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Uma experiência no basquetebol de base espanhol

Amigos do Basquetebol

A colaboração para o Viva o Basquetebol desta vez vem de um atleta de basquetebol que é de São Caetano do Sul e teve a oportunidade de passar por uma interessante experiência no basquetebol de base da Espanha. O relato é do jovem Vinícius Lopez e aqui foi transcrito com a devida autorização de seu pai.

Amigos,

Meu nome é Vinicius lopez, tenho 14 anos e comecei a jogar basquete com 11 anos no intituto Janeth Arcain (em Santo André)

Com 12 anos fui federado pela APABA (Associação de Pais e Amigos do Basqueteol), em Santo André e depois participei de uma peneira no Esporte Clube Pinheiros com a treinadora Thelma Tavernari, renomada técnica de categorias de base no país.

A peneira foi no final do ano de 2010. Treinei as férias todas para poder passar,pois era muito difícil conseguir uma vaga no clube. Mas eu consegui.

O interesse pelo Basquetebol veio através de uma brincadeira em que meu pai começou a girar a bola no dedo e eu comecei a querer aprender.

Já no primeiro campeonato pelo Pinheiros  fomos campeões da Série Prata do Campeonato Paulista Sub 13. No meio do ano (2012) o Pinheiros já tinha uma viagem marcada para os Estados Unidos, para participar de um campus de basquetebol. Para mim era um sonho ir para lá. Só que nesse meio tempo minha avó (que é espanhola) estava com vontade de voltar à Espanha e convidou minha mãe e eu para irmos juntos.

Então veio a vontade de conhecer o Basquete da Espanha que para mim é o melhor do mundo em termos técnicos. Mas como fazer?

Entrei em contato com o prof. Dante que nos indicou uma pessoa na Espanha que tinha sido seu aluno (Otávio Bataglia) e que trabalhava com basquetebol no Clube Asefa Estudiantes de Madrid. Haveria um Campus em Granada (600km de Madrid). Minha avó tem parentes nesses dois lugares e meus pais entraram em contacto com o Estudiantes que prontamente nos ajudaram. Até uma carta convite para o campus nos mandaram pois nessa época estava difícil  entrar na Espanha,(eu ainda não tinha entrado com a documentação para naturalização espanhola). Fomos atrás da documentação  para viajem ,passaporte, autorização de menor,trocar moedas etc.

Esta seria a minha primeira viajem de avião e no Aeroporto de Barajas Madrid fomos recepcionados por parentes e a partir daquele momento senti que estava tendo aulas práticas de Geografia, Matemática,Idiomas etc.

Senti no início que os Espanhóis não tem  um só ídolo, mas sim o próprio País é o seu maior ídolo, já que eles são extremamente patriotas. Percebi um povo educado, a cidade toda arborizada e bem cuidada, o Metrô passa por toda cidade de Madrid e eu não precisei de carro para nada. Prezam pela saúde preventiva, alimentando-se com muito peixe e frutas vinhos e sucos. Eles têm muitos clubes com muitas quadras e praças o que faz com pratiquem muito esporte.

Estava lá na época das férias escolares mas mesmo em férias eles não param com o Basquete ou tem Campus interno  no Club para os pais que trabalham deixarem seus filhos. Em relação aos Clubes , conheci o Clube Mostoles , Fuenlabrada, Leganes,e Estudiantes. Fiz testes em Mostoles e no Estudiantes e nos dois consegui uma vaga.

A estrutura é impressionante: no Estudiantes contei 14 tabelas retráteis,a quadra toda marcada com linhas para diversos exercícios. Lá  ão 3 dias de treino intenso de 1h 30m e um dia de treino especifico. Nas categorias de base os garotos aprendem 3 tipos de  jogadas o que torna o treino e coletivo muito rápidos. Senti um pouco de dificuldade com o idioma no treino pois como é muito rápido , o treinador também fala rápido …. Mas depois peguei o jeito. No Estudiantes tem o técnico e dois assistentes  na quadra observando e corrigindo tudo na hora. Tem equipes Masculina e Feminina

No Infantil  tem 5 (cinco ) equipes  A B C D E  todas com técnicos e assistentes e preparadores físicos e delegados. No Cadete 96/97  são 7 equipes também com técnicos, assistentes e preparadores. No Junior são 8 equipes também com técnico, assistentes e preparadores .

Passado o teste no Estudiantes em Madrid  fui para o Campus do clube em Granada no Centro de Alto Rendimento de Sierra Nevada em Granada. Este centro fica a 2320 metros de altitude e que devido a altitude e clima a estrutura  é usado por atletas  de alto nível de todo mundo de vários esportes. Fiquei nove dias em Sierra Nevada em sistema de albergue.

O dia de treinamento começava às 7h 30m e terminava às 22h 30m com atividades  diversas nas  Piscinas, Campos de Futebol e, é claro, muito basquetebol (todos os dias 2 horas pela manhã e 2 horas à tarde). Nos treinamentos os meninos eram separados das chicas . Os técnicos separaram equipes de 15 pessoas e todos eram avaliados por eles.

Fui avaliado em 42 itens  diferentes. Por exemplo no item arremesso (posição da mão no ato do arremesso, decisão do momento certo do arremesso no jogo, posição de flexão das pernas no ato do arremesso, paradas e saídas, passes e recepção. etc. Consegui uma das melhores avaliações, apesar de treinar com com meninos uma categoria acima da minha. Também consegui me sair muito bem nos todos os torneios de arremesso, vencendo as competições de 3 pontos, lances livres e arremessos da zona morta.
As avaliações são passadas aos atletas por escrito. A minha avaliação mostrava:
– Demonstra Capacidade de Organizar Jogo Coletivo
– Tem um Notável ” Timing” de passe
– Possui uma Ótima seleção de Arremesso.
– Atitude e Energia

Esta experiência serviu para mostrar que nós brasileiros podemos representar muito bem nosso país. Só precisamos de oportunidades e apoio. Tenho um sonho de servir a seleção do nosso país, um dia. Sei que ninguém faz nada sozinho e quem puder ajudar será muito bem vindo.

Obs: os textos são de responsabilidade de seus autores e não sofrem modificações em seu conteúdo

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Euroliga chega ao final do primeiro turno

Amigos do Basquetebol

O Campeonato de Basquetebol Europeu (Euroliga) chegou ao final do primeiro turno. Vinte e quatro equipes disputam a fase inicial divididas em quatro grupos. Real Madrid, Maccabi, Zalguiris e Barcelona são os atuais líderes.

A classificação completa

A – Real Madrid (4-1); Kimki Moscow (3-2); Fenerbaçe (3-2); Cantu (2-3); Panathinaikos (2-3); Ljublijana (1-4)

B – Maccabi (5-0); Unicaja (4-1); Montepaschi (2-3); Alba Berlin (2-3); Elan Chalon (1-4); Asseko (1-4)

C – Zalguiris (5-0); Efes (3-2); Olympiakos (3-2). Milan (2-3); Caja Laboral (1-4); Zagreb (1-4)

D – Barcelona (5-0); CSKA (4-1); Besiktas (3-2); Bramberg (2-3); Lietuvos (1-4); Partizan (1-4)

Lembrando que nesta fase classificam-se os quatro primeiros de cada grupo que serão realocados em dois grupos de oito equipes. Desses dois grupos classificam-se os quatro primeiros que jogarão cruzando 1×4; 2×3; 3×2 e 4×1.

Melhores e piores (médias por jogo)

Pontos (média do campeonato por equipe 76,0)

Montepaschi (86,6) e Real Madrid (84,4)

Lietuvos (67,2) e Partizan (70,2)

Rebotes (média do campeonato por equipe 33,0)

Unicaja (36,6) e Elan Chalon e Real Madrid (36,0)

Fenerbaçe (26,6) e Caja Laboral (29,8)

Assistências (média do campeonato por equipe (14,0)

Khimki Moscow (17,8)

Maccabi (17,0)

Lietuvos (9,8)

Partizan (10,6)

Bolas recuperadas (média do campeonato por equipes 6,0)

Efes (9,6)

Real Madrid (8,0)

Ljbljana (3,2)

Montepaschi (4,0)

Bolas perdidas (média do campeonato por equipes 14,0)

Khimki Moscow (10,2)

Montepaschi (10,8)

Panathinaikos e Asseko (17,2)

Eficiência (média do campeonato por equipes 78,0)

Maccabi (95,0)

Real Madrid (94,4)

Lietuvos (60,4)

Partizan (64,2)

Destaques individuais

Eficiência: Farmar (EFES) – 29,1

Cestinha: Brown (Montepaschi) – 25,8

Rebotes: Baynes (Ljubljiana) – 10,0

Assistências: Blessinger (Asseco) – 6,6

Os brasileiros

Huertas (Barcelona) – 20,4 minutos; 11,0 pts; 3,2 asssits; 2,6 rebotes; 1,8 bolas perdidas; 0,8 bolas recuperadas; 12,4 eficiência

Augusto Lima (Unicaja) – 9,3 minutos; 2,6 pts; 1,8 rebotes; 0,2 assists; 0,8 bolas perdidas; 1,4 eficiência

O segundo turno será iniciado no dia 15 de novembro e os jogos e as estatísticas podem ser acompanhados pelo site http://www.euroleague.net

Colaboradores · Psicologia do Esporte · Todos os posts

A Relevância da Intervenção Psicológica no Esporte

Amigos do Basquetebol

Envio a todos o texto produzido pela psicóloga Silvia Regina Deschamps – Doutora em Educação Física e Esporte/USP e Psicóloga do Esporte e do Exercício e Coaching.

A Psicologia do Esporte tem buscado sua afirmação no meio esportivo, através da participação de especialistas que têm procurado diagnosticar, analisar e pesquisar aspectos psicológicos e estabelecer relações entre eles e as diferentes variáveis que podem interferir no desempenho de atletas e equipes.

É inegável que, ao longo das últimas décadas, esse trabalho tem sido reconhecido, haja vista a quantidade de publicações (em forma de livros ou artigos) produzidas em todo o mundo. No entanto, pode-se considerar que essa evolução, na quantidade e qualidade de produção na área da psicologia esportiva, ainda não é transferida adequadamente para a prática, na forma de intervenção junto a atletas, equipes, comissões técnicas e todo o contexto das atividades esportivas, principalmente no âmbito competitivo de alto nível.

Em alguns países, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e vários da Europa, a intervenção psicológica é parte integrante do planejamento das equipes e a presença do profissional da psicologia do esporte é tão comum quanto à do técnico, assistente técnico, preparador físico e médico.

A intervenção psicológica, via de regra, não está inserida no programa de periodização do treinamento, ou seja, no planejamento em longo prazo do trabalho realizado pela maioria das comissões técnicas de equipes, normalmente, é lembrada somente em momentos de emergência ou quando o atleta apresenta um desempenho inadequado e que coloca em risco o resultado positivo de equipe.

Essa realidade e a falta de informação sobre a importância do trabalho psicológico em equipes esportivas, ainda são motivos para que haja muita resistência, por parte dos atletas e da comissão técnica com relação à inserção do trabalho psicológico. Muitas vezes, o psicólogo é visto como um concorrente – e não um aliado -, e é desconsiderado o fato do trabalho ser um instrumento auxiliar na busca de um melhor rendimento do atleta.

Cada etapa da preparação psicológica deve ser específica, considerando-se as características e demandas desse público e, também da modalidade esportiva em foco e o momento da preparação na qual se encontra a equipe. O trabalho deve possuir objetivos claros e bem definidos, sendo essas informações transmitidas aos participantes do processo, procedimento este importante para a boa aceitação do psicólogo esportivo na equipe.

Para fazer parte do ambiente da competição de alto nível, o atleta precisa ser um competidor assíduo e dedicado, e para se destacar, deve superar níveis de exigências técnicas, táticas, físicas e psicológicas, para que se possa garantir a plena realização de uma carreira esportiva. É preciso, portanto, que haja um planejamento, em longo prazo, dos treinamentos físico, técnico, tático e psicológico, para que, o desportista tenha uma boa sustentação, durante um ano inteiro de desgaste do corpo e da mente, já que o calendário de jogos e competições não é favorável. Infelizmente, alguns atletas, também, não tem consciência de que vida de atleta exige: sacrifícios, transpiração e cuidados com sua rotina alimentar, de treinos e de hábitos de vida. Acabam enveredando para um estilo de vida incompatível com o necessário, como: noitadas, drogas e alimentação não saudável.

Competições importantes como uma Copa do Mundo ou Olimpíadas, são umas panelas de pressão, exigindo do atleta que participa, habilidades psicológicas bem desenvolvidas. Em especial nas fases finais, os erros devem ser minimizados ao máximo, com um nível de eficiência elevado. Cada vez mais uma partida pode ser definida em detalhes, e o preparo psicológico é fundamental, especialmente, nas fases decisivas dos jogos. Por isso, a importância do psicólogo que vai trabalhar com uma equipe, é entender o que pode acontecer com um atleta sob pressão, já que é muito comum, ele experimentar, mesmo tendo experiência, bloqueio mental, e isso repercutir negativamente em seu desempenho. Posso garantir que o profissional de psicologia do esporte, capacitado e habilitado, pode e muito auxiliar a comissão técnica e a equipe, com um trabalho realizado anterior e durante a competição. A competição é um processo dinâmico, com mudanças no estado mental, e isso não é o problema, mas sim quando o atleta não se dá conta, a respeito, e não faz algo para mudar. O atleta que vai se sair bem numa competição de alto nível é aquele que conseguir lidar de forma eficiente e positiva com as adversidades desta.

As inúmeras pesquisas e as experiências na área têm comprovado que atletas realizadores e bem sucedidos, realmente, fazem parte de um grupo de pessoas, que possui uma mente, coração e alma diferenciados. E a sensação que experimentam quando conseguem chegar lá, no objetivo atingido, é algo muitas vezes indescritível. Com a prática é possível observar no campo, nas quadras quando o atleta está conseguindo dar o seu melhor, o seu 100%, e desse jeito é inevitável que o resultado seja a vitória! E ela se torna ainda mais especial quando esse atleta reconhece o verdadeiro valor das conquistas, que é o que está por trás delas e o que realmente dá sentido às suas realizações pessoais.

Para que um time se torne efetivamente uma equipe, é preciso que haja uma boa sintonia entre a comissão técnica e os atletas. O tipo de relação estabelecida entre a figura do técnico, incluindo seu estilo de liderança, e seus atletas será determinante para isso. O estabelecimento de objetivos coletivos comuns, aliado a um relacionamento interpessoal saudável e de confiança, será decisivo para o alcance de resultados positivos de uma verdadeira equipe.

A vida de um técnico esportivo pode ser tão ou mais estressante que a de um atleta. A pressão por resultados exercida sobre ele é grande, pois ele é o posto central da equipe. Além do mais, ele tem que conseguir trabalhar bem as relações com seus atletas, com a própria comissão técnica e com os dirigentes;  passar todo o esquema tático e ainda fazer com que seja bem aplicado. Nas categorias de base, exerce uma influência ainda maior, pois é um dos principais responsáveis pela qualidade das experiências esportivas de crianças e jovens. Por isso, não é surpreendente, quando vemos alguns técnicos tendo comportamentos extremados em campo/quadra, denotando total descontrole emocional e mental, muito longe do ideal, e que denigre sua imagem e serve de mal exemplo para os atletas. O psicólogo do esporte pode e deve oferecer os seus serviços e apoio, também ao técnico, ele pode ser beneficiado e muito com o atendimento psicológico.

O treinamento psicológico no esporte pode visar ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de vários aspectos psicológicos, dentre eles: gerenciamento de stress, estabelecimento de objetivos, aumento da autoconfiança, atenção e concentração, autocontrole de ativação e relaxamento, utilização de visualização e imagem, estratégias de rotinas e competitividade, elevação de motivação e comprometimento e manutenção de níveis adequados dos estados de humor (tensão, depressão, raiva, vigor, confusão e fadiga).

Uma das estratégias de intervenção que eu utilizo, e na qual tenho obtido ótimos resultados, é o método Coaching que é um processo, com início, meio e fim, onde o Coach (facilitador do processo de mudança) apóia o Cliente/coachee (agente de mudança) na identificação de metas de curto, médio e longo prazo, desenvolvimento de competências e recursos, estratégias, ação, aprendizagens e melhoria contínua.

O Coaching é composto de 7 elementos, são eles:
1- Situação atual, onde está;
2- Situação desejada, aonde quer chegar, objetivos e metasvalores – o que esse objetivo traz;
3- Estratégia, como chegar lá: plano de açãoopções – escolhas; recursos – internos e externos – o que tem e o que necessita e crenças – convicções fortalecedoras ou limitadoras – impedimentos;
4- Ações e tarefas – 1o. passo e ações continuadas;
5- Resultado;
6-Aprendizagem;
7- Melhoria Contínua (Ciclo de Excelência).

Esse método auxilia o indivíduo através do questionamento socrático (método de descoberta orientada), uma das técnicas utilizadas, a obter uma maior conscientização de si mesmo e de seu comportamento, facilitando o desligamento do piloto automático (conduzido pelos nossos pensamentos automáticos). Outras técnicas eficazes utilizadas são a de solução de problemas e desafio de crencas limitadoras, dentre outras.
Os benefícios obtidos compreendem: o desenvolvimento da capacidade de: enfrentar desafios, resolver problemas e atitude mental positiva.
Através do Método Coaching, atletas e técnicos  podem melhorar sua performance consideravelmente, resgatando desse modo, sua autonomia pessoal e profissional.

Obs: os textos são de inteira responsabilidade de seus autores e não sofrem qualquer modificação em seu conteúdo.

Colaboradores · Todos os posts

O professor está sempre errado

Amigos do Basquetebol

Recebi o texto que reproduzo abaixo. A autoria é de Wladimir Peric.

Quando…

É jovem, não tem experiência

É velho, está superado

Não tem automóvel, é coitado

Tem automóvel, “chora de barriga cheia”

Fala em voz alta, vive gritando

Fala em tom normal, ninguém escuta

Não falta ao colégio, é “Caxias”

Precisa faltar, é turista

Conversa com os colegas, está malhando os alunos

Não conversa, é desligado

Dá muita matéria, não tem dó dos alunos

Dá pouca matéria, não prepara os alunos

Brinca com a turma, é metido a engraçado

Não brinca, é um chato

Chama a atenção dos alunos, é um grosso

Não chama a atenção, não sabe se impor

A prova é longa, não dá tempo de fazer

A prova é curta, tira as chances dos alunos

Escreve muito, não explica

Explica muito, o caderno não tem nada

Fala corretamente, ninguém entende

Fala a “língua do aluno”, não tem vocabulário

Exige, é rude

Elogia, é debochado

O aluno é reprovado, é perseguição

Ao aluno é aprovado, “deu mole”

É, o professor está sempre errado

Mas, se você conseguiu ler até aqui,

Agradeça a ele

Salve todos os professores e treinadores deste país que têm que matar um leão por dia para provar sua competência (observação minha).

Formação Esportiva · Opinião do autor · Todos os posts

O que se espera de um treinador de categorias de base?

Amigos do Basquetebol

No post que antecedeu este que publico agora ( http://bit.ly/SgPy0Z), abordei os aspectos que podem tornar o treinador um potencial gerador de stress em seus atletas, principalmente quando lidamos com a formação.

A questão central que determina o comportamento dos treinadores, em minha opinião, está calcada na formação deste profissional e no conhecimento que o mesmo detém sobre os diferentes fatores que compõem o contexto do esporte infanto-juvenil.

O que se espera de um treinador de categoria de base?

Em minha opinião há vários fatores:

•Domínio dos diferentes tipos de conhecimento
•Conhecimento da realidade esportiva geral e específica
•Conhecimento das possibilidades pedagógicas que a atividade oferece
•Profundo conhecimento da realidade do aprendiz/atleta

Não resta a menor dúvida que atualmente vivemos uma crise na formação dos profissionais que atuam com o esporte de base. As Escolas de Educação Física deixaram, em sua maioria, de priorizar a pedagogia aplicada ao esporte para formar quase que exclusivamente instrutores de academias e “personal trainners”.

A quantidade de horas destinadas ao ensino pedagógico das modalidades esportivas foi reduzida drasticamente e, em alguns casos, este conteúdo específico resume-se a abordagens muitos superficiais dos esportes enfocados em blocos (modalidades coletivas, modalidades individuais, modalidades aquáticas, etc..).

Os antigos cursos técnicos que serviam com complemento de uma formação que já era bastante adequada foram abandonados e substituídos por cursos de especialização em áreas genéricas que, normalmente, enfocam o Treinamento Esportivo ou alguma disciplina de apoio como Fisiologia do Exercício ou Biomecânica do Esporte.

Assim sendo criou-se uma lacuna que algumas instituições tentam preencher com a criação de Escolas de Treinadores que, muitas, vezes, não conseguem atingir seus objetivos devido a inúmeros fatores que dificultam suas boas ações. E esta lacuna tem produzido profissionais despreparados para atuar em um momento crucial na vida dos jovens esportistas que é a formação, período necessário para um bom embasamento para o desenvolvimento de uma vida esportiva saudável.

No meu entendimento, o profissional que pretende trabalhar na formação de jovens atletas deveria deter uma gama de conhecimentos que lhe permita entender, antes de tudo, do “cliente”, no caso o jovem que busca uma formação sólida e calcada em teorias consistentes e experiência prática consolidada.

Como em nosso país exige-se a graduação em Educação Física e/ou Esporte para atuação como treinador, o conteúdo curricular das Escolas Superiores deveriam suprir as exigências mínimas de conhecimentos em disciplinas que são consideradas básicas para a conclusão do curso. Esas disciplinas eu denomino de “Disciplinas Básicas”  como por exemplo: fisiologia geral, anatomia, psicologia da educação, biomecânica, bioquímica, história da educação física e esporte, entre outras.

Um segundo rol de disciplinas necessárias para embasar o conhecimento do profissional envolvido com o trabalho de formação esportiva seriam as “Disciplinas Específicas” responsáveis pelo conhecimento técnico/tático das modalidades esportivas e, em nosso caso, o Basquetebol.

O terceiro conjunto de disciplinas seriam as “Disciplinas de Apoio” ou “Disciplinas Pedagógicas” que se incumbiriam de proporcionar o conhecimento pedagógico e metodológico para o exercício da profissão. Neste caso, a Pedagogia do Esporte assume um papel fundamental nesse processo de formação profissional. Além dela, a Psicologia do Esporte, Treinamento Esportivo, Métodos de Ensino fariam parte deste conjunto essencial para o exercício da função de treinador.

E por último, as experiências práticas. Estas deveriam ser estimuladas através de estágios específicos em equipes com a supervisão de treinadores mais experientes.

Talvez nossas Escolas de Educação Física não possam atender a essas exigências. Então porque não se pensar em cursos específicos, aos moldes dos antigos cursos Técnicos, com nova denominação e/ou nova roupagem? E mais ousadamente, porque não se pensar em cursos específicos para preparação de treinadores, desvinculando esses conteúdos curriculares dos cursos tradicionais de Educação Física?

É claro que estou entrando em um campo minado. Como reagiria nosso CREF diante de tal ideia? Como reagiriam os defensores dessa vinculação da função de treinador com a função de professor de Educação Física?

Este é um tema polêmico e que poderá gerar grandes discussões. Mas o que não podemos é continuar vendo jovens despreparados assumindo equipes de base e ainda por cima, tendo que assumir responsabilidades de disputar campeonatos (e de preferência vendê-los) para atender às expectativas de  entidades e adultos que não estão muito preocupados com o desenvolvimento dos jovens e sim com conquistas imediatas que, na maioria das vezes, se perdem no tempo e não trazem qualquer benefício para a formação esportiva dos nosso futuros esportistas.