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NBB 7: começa o grande campeonato de clubes brasileiros

Amigos do Basquetebol

Dia 31 de outubro teremos o início da principal competição brasileira de clubes: o NBB 7.

Dezesseis equipes lutarão para quebrar a hegemonia de  Flamengo e Brasília que consguiram o feito, com três conquistas cada um.

As equipes jogarão nesta primeira fase entre si, no sistema turno e returno disputando, portanto, 30 jogos cada uma. Os quatro primeiros estarão automaticamente classificados para as quartas de finais. Os classificados de 5o a 8o lugares disputarão em melhor de cinco jogos as quatro vagas restantes para a semifinal na seguinte ordem: 5 x 12; 6 x 11; 7 x 10 e 8 x 9.

Nas quartas de finais novamente as equipes se enfrentarão em melhor de cinco jogos o mesmo acontecendo nas semifinais.

A grande novidade para este ano é a realização da final em melhor de três jogos.

Quinze equipes que disputaram o NBB 6  voltarão neste ano: Basquete Cearense, Bauru, Brasília, Flamengo, Franca, Liga Sorocabana, Limeira, Macaé, Minas Tênis, Mogi, Palmeiras, Paulistano, Pinheiros, São José e Uberlândia. Goiânia e Espírito Santo não disputarão esta versão do campeonato.

Das equipes que participarão do NBB 7, Bauru, Brasília, Flamengo, Franca, Minas, Pinheiros e São José participaram de todas as edições anteriores. Limeira e Paulistano – 5; Uberlândia – 4; Liga Sorocabana – 3; Basquete Cearense, Mogi e Palmeiras – 2 e Macaé – 1.

Uma estreia: Rio Claro.

Números do NBB (jogos – vitórias – derrotas)

  •  aproveitamento total – Flamengo – 76,8% (237j – 182 – 55); Brasília – 71,7% (233 – 167 – 66); Uberlândia – 64,7% (153 – 99 – 54); Pinheiros – 61,4% (210 – 129 – 81); Bauru – 57,7% (213 – 123 – 90); Franca – 57,6% (223 – 128 – 95); São José – 55,1% (227 – 125 – 102); Limeira – 50,5% – (174 – 88 – 86); Minas – 49% (200 – 98 – 102); Paulistano – 47,7% (176 – 84 – 92); Basquete Cearense – 47,3% (74 – 35 – 39); Palmeiras – 45% (64 – 29 – 35); Mogi – 40,5% (79 – 32 – 47); Macaé – 38,2% (34 – 13 – 19); Liga Sorocabana – 36% (100 – 36 – 64)
  •  aproveitamento em play offs (incluindo oitava, quartas e semifinais e finais): Flamengo – 62,9% (61 – 39 – 22); Brasília – 61,4% (57 – 35 – 22); Uberlândia – 58,1% (31 – 18 – 13); São José – 54,9% (51 – 28 – 23); Mogi – 53,8% (13 – 7 – 6); Franca – 52,1% (48 – 25 – 23); Pinheiros – 47,1 (34 – 16 – 18);  Bauru – 46% (37 – 17 – 20); Palmeiras – 40% (5 – 2 – 3); LImeira – 37,5% (24 – 9 – 15); Paulistano – 32,1% (28 – 9 – 19); Basquete Cearense – 25% (8 – 2 – 6); Liga Sorocabana 0% (6 – 0 – 6)
  • Somente seis equipes chegaram às finais do NBB em toda sua história. Brasília tem o melhor aproveitamento – 60% (15 – 9 – 6). Flamengo – 58,3% (12 – 7 – 5); Franca – 25% (4 – 1 – 3); Paulistano, São José e Uberlândia disputaram somente 1 jogo e foram derrotados
  • As finais: Somente seis equipes chegaram às finais do NBB. Flamengo e Brasília se enfrentaram duas vezes em finais com uma conquista cada um. Os demais confrontos: Brasília x Franca e Brasília x São José (ambos com vitória de Brasília); Flamengo x Uberlândia e Flamengo x Paulistano (ambos com vitória do Flamengo).

 

NBB · Opinião do autor

LDB: começa a maior competição de categorias de base do Brasil

Amigos do Basquetebol

Depois de muita luta para liberar a verba no Ministério do Esporte, finalmente a LDB vai começar. É a grande vitrine do basquetebol brasileiro. É o espaço em que jovens talentos mostram sua capacidade. Muitos jovens que vieram da LDB já brilham em clubes que disputam o NBB e até mesmo na seleção brasileira. De 27 de outubro a 2 de novembro em Curitiba e em S.Paulo (Pinheiros e Continental).

Na sua primeira fase os estados representados são : Distrito Federal (1), Ceará (1), Recife (2), Paraná (2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (2), Minas Gerais (2), Goiás (1), Rio de Janeiro (4) e São Paulo (8).

Neste ano 24 equipes disputarão o campeonato dos quais 10 estreantes: Joinville, Blumenau, Titãs Curitiba, Uberlândia, Anápolis, Taubaté, Macaé, Mogi, Regatas Campineiro e Botafogo.

Eles se juntarão a Brasília, Basquete Cearense, Sport REcife, Náutico Recife, Minas Tênis, Círculo Militar de Curitiba, Grêmio Náutico União de Porto Alegre, Flamengo (atual campeão), Bauru, Limeira, Tijuca, Paulistano, Franca e Pinheiros.

Sede São Paulo (Pinheiros e Continental): Bauru, Limeira, Taubaté, Macaé, Tijuca, Paulistano, Mogi, Franca, Regatas Campineiros, Botafogo, Flamengo e Pinheiros.

Sede Curitiba (Palácio de Cristal): Brasília, Basquete Cearense, Sport Recife, Náutico Recife, Minas Tênis, Curitiba, Grêmio Náutico União, Joinville, Blumenau, Titãs Curitiba, Uberlândia e Anápolis.

A tabela completa pode ser consultada no site da LNB (www.lnb.com.br). Eu estarei em Curitiba acompanhando esse maravilhoso evento.

É uma grande oportunidade de se ver grandes promessas e futuros integrantes de nossas principais equipes e da nossa seleção nacional.

Dos campeonatos anteriores alguns atletas já vestiram a amarelinha principal ou foram convocados para treinamentos: Gegê, Felício, Leo Mendl e Ricardo Fischer entre outros.

E ainda tivemos o Bruno Caboclo que hoje atua na NBA.

Será, sem dúvida um grande evento que vale a pena ser observado.

 

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Gerações perdidas

Amigos do Basquetebol

Volto a falar do futuro do nosso basquetebol e daquilo que poderia ter sido um presente muito melhor se não houvesse tanto descuido e “des”planejamento no nosso basquetebol.

São as gerações perdidas. Aquelas que passaram e não frutificaram porque não tiveram a oportunidade de participar de eventos de nível mundial.

Essa não participação do Brasil em mundiais nas categorias de base tem um preço muito alto pois vários atletas deixaram de experimentar jogos internacionais contra equipes muito fortes o que só nos traria benefícios.

Tomando como base somente as seleções sub-19 que são aquelas que normalmente alimentam as seleções adultas, o último mundial em que o Brasil participou foi em 2011 obtendo um 10o lugar. Daquela seleção somente um atleta despontou no cenário nacional e internacional: Raulzinho.

Em 2007 o Brasil teve uma grande participação no Mundial sub-19 ocupando a 4a. posição o que poderia supor um grande suporte para nossa seleção adulta. Mas daquela equipe minguém chegou a ela. Mesmo o nosso Paulão Prestes que foi o cestinha daquela competição e apontado como futuro integrante da nossa seleção atingiu o objetivo.

Dos 24 atletas que integraram essas seleções (2007 e 2011), como já disse, somente o Raulzinho chegou à seleção adulta. Muitos desses atletas ainda jogam em clubes. Alguns com algum destaque, outros simplesmente completando as equipes e outros simplesmente sumiram do cenário.

Isto sem falar nas gerações que deveriam er disputado os torneios de 2009 e 2013 nos quais o Brasil não obteve classificação.

Lembro que em 1979 quando ainda era chamado de Mundial Junior o Brasil foi vice campeão e entre os atletas foram revelados para a seleção André, Israel e Sílvi Malvezzi além de outros que tiveram grandes destaques em nível nacional – Guy, Kleber, Wagner, Rudney entre outros.

Em 1983 o Brasil foi bronze e revelou vários atletas para nossa seleção adulta: Paulinho Villas Boas, Fábio Pira, Luiz Felipe, Rolando, Paulo Berger, Zanon, Pipoka e Chuí.

Em 1987, apesar do 10o. lugar atletas como Walter Roese, Fernando Minucci, Alexey e Adriano Bavaresco chegaram à seleção adulta.

Em 1991 fomos 7o. e revelamos Vanderley, Janjão e Rogério. Só voltamos ao Mundial em 1999 quando nossa maior revelação foi Guilherme Giovannonni.

Por que será que não conseguimos revelar atletas para nossas futuras seleções? O que será que este quadro atual revela?

Falta de planejamento, falta de incentivo, falta de investimento, mal trabalho nas categorias de base? Ou tudo isso junto?

Será que em 2016 estaremos falando do mesmo assunto? E em 2019, quem estará lá?

Apenas a título de curiosidade fiz um levantamento dos atletas de equipes que participaram da última Copa do Mundo e que integraram as seleções de base de seus países nos mundias sub-19 de 2007, 2009, 2011 e 2013.

Sérvia – Markovic e Radulica (2007), Bogdanovic (2011)

EUA – Curry (2007), Klay Thompson (2009)

França – Batum, Diot, Jackson e Tilliy (2007) (Ajinça astro francês que não participou desta Copa também fez parte da seleção sub-19 de 2007)

Austrália – Goulding (2007) (Patrick Mills não jogou a Copa do Mundo mas integrava a equipe sub-19 de 2007), Dellavedova, Broekoff e Motum (2009), Exum (2013)

Espanha – Claver (2007)

Grécia – Mantzaris, Papanicolao e Sloukas (2007)

Argentina – Laprovitolla (2009), Delia e Galizzi (2011)

Lituânia – Motiejunas (2009), Valanciunas (2011 – MVP do torneio)

Croácia – Saric e Hezonja (2011)

Esses dados podem ser melhor observados no link http://www.archive.fiba.com/pages/eng/fa/p/fromseason/1930/toseason/2014/q/FIBA%20U19%20World%20Championship%20for%20Men/cid/WMJM/_//events.html

Agradeço o amigo Octávio Lafiacolla pelo envio do link.

 

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Basquete Masculino do Brasil é Bronze em Tóquio

Amigos do Basquetebol

Nesta semana comemoramos uma das maiores conquistas do nosso basquetebol masculino: a medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964.

O Brasil vinha da conquista do Campeonato Mundial de 1963, no Rio de Janeiro, e era uma das fortes candidatas ao título Olímpico em uma disputa contra soviéticos, norte-americanos e iugoslavos.

Nossa equipe, comandanda por Renato Brito Cunha,  mantinha a base de 1963 com 9 atletas que participaram da brilhante campanha no Mundial: Amaury, Wlamir, Sucar, Mosquito, Bira, Rosa Branca, Fritz, Victor e Jatyr. Menon, Paulista e Waldemar não participaram dos Jogos Olímpicos e em seus lugares tivemos o retorno de Edson Bispo e a estreia de Edvar Simões e Sérgio Macarrão.

O Brasil fez parte do grupo B que tinha as seguintes equipes: Estados Unidos, Iugoslávia, Uruguay, Finlândia, Austrália, Peru e Coreia. Foram 9 partidas para a conquista da medalha.

Depois de uma desastrosa estréia contra o Peru quando perdemos por 58-50 o Brasil enfrentou e venceu a Iugoslávia (68-64), Coreia (92-65), Finlândia (61-54), Uruguay (80-68) e Austrália (69-57). Contra os Estados Unidos sofremos nossa segunda derrota (85-53).

Com esses resultados terminamos em segundo lugar junto com Iugoslávia. Mas pelo confronto direto nos classificamos para as semifinais juntamente com os Estados Unidos. Na outra chave classificaram-se União Soviética e Porto Rico.

Nosso adversário na semifinal seria a União Soviética que havia sido Bronze no Mundial do Rio de Janeiro e que vinha com uma equipe fortíssima dirigida por Alexsander Gomelski e que tinha como destaque Alexsander Petrov e Gennady Volnov. Fomos derrotados por 53-47 o que nos colocava frente a Porto Rico na disputa pelo bronze.

Porto Rico, sexto colocado em 1963, também tinha uma equipe de muita qualidade com destaque para William McCadney e Juan Vincens. Vencemos por 76-60.

Nossos atletas tiveram a seguinte pontuação:

Wlamir – 128 pts – 9 jogos

Amaury – 94 pts – 9 jogos

Ubiratan – 87 pts – 9 jogos

Victor – 56 pts – 9 jogos

Mosquito – 39 pts – 9 jogos

Sucar – 37 pts – 9 jogos

Edson Bispo – 33 pts – 9 jogos

Rosa Branca – 51 pts – 8 jogos

Jatyr – 35 pts – 8 jogos

Fritz – 11 pts – 6 jogos

Sérgio Macarrão – 8 pts – 6 jogos

Edvar – 16 pts – 4 jogos

Palavra de quem esteve lá

Reuni um breve depoimento de dois dos maiores jogadores de basquetebol que este país já teve. Em minha modesta opinião a maior dupla do basquetebol do Brasil. Juntos obtiveram o Bi Campeonato Mundial, duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos e inúmeros títulos nacionais e internacionais.

Refiro-me a Amaury Pasos e Wlamir Marques. Vamos aos depoimentos.

Amaury

Em 1964 eu havia decidido não jogar mais pela seleção. Os dois filhos e a empresa familiar me preocupavam bastante e as contas a pagar já eram significativas. A renúncia do Kanela como técnico da equipe também foi outro motivo de meu pedido de dispensa. No entanto, o próprio Kanela me procurou e pediu para que eu colaborasse com a equipe e a integrasse como jogador. Assim fiz e me apresentei ao técnico Renato Brito Cunha. Nosso primeiro jogo foi contra o Peru. Perdemos e o principal motivo, na minha opinião, foi a adoção de um sistema de defesa “zona pressão”, que se iniciava com uma posição de zona no meio da quadra e apenas dois jogadores com adversário definidos: o repositor da bola e o receptor. Os outros marcavam aqueles que estivessem mais próximos. E a finalidade principal era promover um “dois contra um”. Ocorre que esta defesa precisa ser muito bem treinada, o que não ocorreu. Resultado: na nossa chave estava e Iugoslávia que, devido ao sistema de classifcação , teríamos que ganhar para passarmos às semifinais. Perdemos dos Estados Unidos ainda na primeira fase e tivemos um doída derrota frente a União Soviética. Ficamos novamente com o bronze que veio a ser a única medalha da nossa delegação. E esta foi minha última Olimpíada depois de ter jogado em 1956 em Melbourne e em 1960 em Roma.

Wlamir Marques

1964 foi um ano muito especial. Ano da consegração da grande equipe do Corinthias e ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em Tóquio nosso técnico foi o Renato Brito Cunha, várias vezes assistente do Kanela. E por isto não houve grandes mudanças na nossa forma de jogar. Eu estava mais feliz ainda pois havia sido escolhido pelo COB para ser o porta-bandeira de nossa delegação. Já em Tóquio fizemos um jogo treino contra o Peru (que seria nosso primeiro adversário) e vencemos por 20 pontos. Mas nesse jogo treino apresentamos todas as nossas armas e isto nos custaria caro na estreia, pois fomos derrotados por 58×50. Mas foi esta derrota que nos levou ao bronze. No jogo seguinte, contra a Yugoslávia teríamos que ganhar de qualquer forma e em conversa com Brito Cunha chegamos à conclusão que deveríamos mudar a defesa que vínhamos fazendo (pressão zona 2-2-1). Marcamos zona 2-1-2 e vencemos (68×64). Este resultado nos garantiu o segundo lugar do grupo, atrás dos EUA que tinha em sua equipe um grande futuro astro da NBA – Bill Bradley. Perdemos dos americanos – 86×53. Mas com as demais vitórias fomos para a semifinal onde enfrentamos a União Soviética que tinha um pivô de 2,18m – Krumich. Decidimos o terceiro lugar com Porto Rico e o bronze veio com a vitória por 16 pontos (76×60). Um fato curioso é que depois do jogo, ainda nos vestiários recebemos um “prêmio”. Cada jogador recebeu 60 dólares, referentes a diárias (2 dólares por diária). Este foi o único prêmio que recebi defendendo a seleção brasileira.

 

O Pódium: Estados Unidos, União Soviética e Brasil (acervo.globo.oglobo.globo.com
O Pódium: Estados Unidos, União Soviética e Brasil (acervo.globo.oglobo.globo.com
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Euroliga: mais curiosidades

Amigos do Basquetebol

Encerrando esse ciclo de textos que antecipam o começo da Euroliga trago alguns dados curiosos sobre este importante campeonato.

– Até hoje foram realizadas 58 edições do Campeonato. Considera-se um torneio paralelo realizado em 2001 (Super Copa). Neste torneio o Campeão foi o Maccabi e na Euroliga o campeão foi o Kinder Bologna

– Somente duas equipes conquistaram por três vezes consecutivas o título da Euroliga: ASKA Moscou em 1958, 1959 e 1960 e o Jugoplásika Split em 1989, 1990 e 1991.

– Foram bi-campeões: Real Madrid em 1964/65 e 1967/68; Ignis Varese – 72/73 e 75/76 (este como Mobilgirgi Varese); Cibona Zagreb – 85/86; Milan – 87/88; Maccabi – 2004/05 e Olympiakos – 2012/2013

– Maccabi é a equipe com participações em finais – 16 seguido por CSKA e Real Madrid – 13, Ignis Varese – 9; Panathinaikos – 8; Barcelona – 7 e Olympiakos – 6.

– Cibona (2-2), Virtus Roma (1-1), Bosna Sarajvo (1-1) e Limoges (1-1) são as equipes 100% na relação finais/títulos

– Seguem – Panathinaikos (8/6) e ASK Moscou (4/3) – 75%; Milan (5/3) – 60%; Ignis Varese (10/5) e Olympiakos (6/3) – 50%

– As finais que mais aconteceram: 4 – Real Madrid (2) x (2) Ignis Varese; 3 – Panathinaikos (2) x Maccabi (1); CSKA (2) x (1) Real Madrid

– Na fase pré Final Four (1958 a 1987) os maiores campeões são: Real Madrid – 7; Varese – 5; CSKA – 4; ASK – 3; Maccabi, Milan e Cibona – 2

– Na fase de Final Four (1988 a 2013) os maiores vencedores são: Panathinaikos – 6; Maccabi – 4; Olympiakos e Jugoplastika – 3; Barcelona e CSKA – 2

A partir de 2001 o site da Euroliga (http://www.euroleague.net/competition/seasons/main-page) disponibiliza um quadro completo das partidas em todas as fases e é com base nesses resultados que apresento os dados abaixo.

Neste período as equipes que têm os melhores resultados são: CSKA, Barcelona, Maccabi, Panathinaikos, Real Madrid e Olympiakos.

– O CSKA é a equipe com melhor aproveitamento no total de jogos realizado – 76,3% (229v – 71D). Seguem: Barcelona – 73,3% (217v – 79d), Maccabi – 66,7% (196v – 98d), Panathinaikos – 66,4% (196v – 99d), Real Madrid – 63,2% (151v – 88d) e Olympiakos – 60,3% (176v – 116d).

Neste período na “Fase de Grupos” ou “Temporada Regular” o CSKA continua liderando com 78,5% (124-34) seguido pelo Barcelona – 75,9% (120-38), Panathinaikos – 71,5% (113-45), Maccabi – 69,6% (110-48), Real Madrid – 65,9% (87-45) e Olympiakos – 61,9% (97-61).

A fase posterior à “Temporada Regular” é o chamado “Top 16” e essas equipes têm o seguinte rendimento: CSKA – 80,7% (71-17), Barcelona – 77,4% (72-21), Real Madrid – 64,9% (50-27), Maccabi – 64,1% (59-33), Olympiakos – 61,4% (54-34) e Panathinaikos – 59,6% (56-38).

Na fase de “Play Offs” realizada após o “Top 16” temos o seguinte quadro, ressaltando que na temporada 2000/2001 esta fase também foi realizada em outro formato. Os resultados aqui apresentados não incluem os dados desta temporada. Novamente o predomínio é das seis equipes já citadas. O líder é o CSKA com 73,3% de aproveitamento (22-8) seguido do Barcelona – 60,6% (20-13), Panathinaikos – 58,1% (18-13), Maccabi – 54,8% (17-14), Olympiakos – 52,9% (18-16) e Real Madrid – 50% (12-12).

E finalmente chegamos ao Final Four. Disputada desde 1988, sempre em local pré determinado, essa forma tem movimentado grande interesse do público. Neste link http://www.euroleague.net/final-four/barcelona-2011/main-page/i/94864/5444/boxscores-1988-2013 podemos acompanhar todos os resultados dos Final Four ao longo do tempo.

A equipe que mais participou do Final Four foi o Barcelona – 14 vezes – obtendo 2 títulos. Seguem CSKA – 13 participações e 2 títulos; Maccabi – 12 participações e 3 títulos; Panathinaikos – 11 participações e 6 títulos.

O Barcelona também é a equipe com maior número de jogos no Final Four – 28 (10-18), seguido do CSKA – 26 (12-14); Maccabi – 23 (15-8) e Panathinaikos – 21 (15-6).

E para terminar este texto aqui vai a relação dos 10 jogadores eleitos como o time ideal da primeira década do século. Esses jogadores foram eleitos através de votação popular e participação de técnicos e jormalistas.

São eles: Bodiroga (Barcelona), Diamantidis (Panathinaikos), Holden (CSKA), Jasikevivius (Barcelona, Maccabi e Panathinaikos), Langdon (CSKA), Navarro (Barcelona), Papaloukas (CSKA), Anthony Parker (Maccabi), Siskauskas (Panathinaikos e CSKA) e Vujcicic (Maccabi).

Outros importantes atletas também apareceram nesta lista como: Alvertis, Fotsis, Garbajosa, Ginobili, Jaric, Jasikevicius, Lorbek, Nocioni, Prigioni, Sabonis, Scola, Spanoulis e o brasileiro Tiago Splitter.

Como podemos ver, pelos dados e pela quantidade de grandes atletas que desfilam pelas quadras europeias, a Euroliga é um grande atrativo e merece nossa atenção.

 

Panathinaikos - equipe maior vencedora de títulos na era do Final Four vem novamente muito forte para a nova temporada
Panathinaikos – equipe maior vencedora de títulos na era do Final Four vem novamente muito forte para a nova temporada
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Euroliga: uma breve análise sobre as equipes

Amigos do Basquetebol

Segue uma breve análise sobre as possibilidades das equipes que disputarão a Euroliga e também um apanhado dos atletas que disputaram a Copa do Mundo de Basquetebol e desfilarão na competição.

Sobre as equipes

Como em todo campeonato, a Euroliga apresenta um quadro bastante conhecido de todos: há amplament favoritos, há as equipes que têm grandes chances de chegar, há as prováveis zebras e, é claro, aquelas que não têm, a princípio qualquer chance de se classificar para a sequência do campeonato.

Favoritos:

De acordo com a composição dos grupos e sistema de disputa posso arriscar a seguinte previsão.

GA: Real Madrid, Unics Kazan e Zalguiris são os grandes favoritos para a classificação. O Anadolu deverá também estar entre os quatro, principalmente porque foi a equipe que mais se reforçou para o campeonato. Trouxe jogadores imporantes como Saric, Krstic, Perperoglou e Lasme. Mas o maior reforço foi a vinda do lendário técnico Dusan Ivcovic. Não acredito que o Dínamo Sardegna e o Novgorod conseguirão uma das vagas.

GB: Creio que este grupo é o que tem o quadro mais provável de classificados: CSKA apesar de perder Krstic trouxe Nando De Colo e manteve sua grande base com Teodosic, Krhyapa, Kackson e Weems é o grande favorito do grupo. O Maccabi perdeu Rice e Hickman mas continua muito forte e deve ser outro dos classificados. As outras vagas deverão ficar com Unicaja e Cedevita. Mas o Limoges pode surpreender. Não acredito que o Alba Berlin terá chances de classificação.

GC: Barcelona, Fenerbahçe, Milan e Panathinaikos saem na frente. O Barcelona reforçou-se com a vinda do alemão Pleiss e manteve sua base (Huertas, Tomic, Navarro, Nachbar e a grande revelação Abrines). O Fenerbahçe trouxe Hickman (ex-Maccabi) e Erden (ex-Anadolu) e manteve o grande astro Bogdanovic e Bjelica. O Panathinaikos trouxe o uruguaio Batista e manteve seu grande armador Diamantidis. O Bayern poderá surpreender e o PGE não tem chances de classificação. É um dos estreantaes do Torneio.

GD: Neste grupo acredito que somente duas equipes estarão certas para a segunda fase: Galatasaray e Olympiakos. As outras quatro equipes (Crvena, Laboral, Valência e Neptunas) são muito equilibradas e lutarão pelas duas vagas restantes com menor chance para o Neptunas.

Muitas estrelas que estiveram na recente Copa do Mundo de Basquetebol também estarão na Euroliga.

Várias seleções estarão representadas com seis atletas:

Sérvia: Teodosic (CSKA), Bogdanovic e Bjelica (Fenerbahçe), Markovic (Unicaja), Krstic (Anadolu) e Stimac (Bayern)

Espanha: Rudy Fernandez, Sérgio Rodriguez, Felipe Reyes e Sérgio Llul (Real Madrid). Abrines e Navarro (Barcelona)

Turquia: Guller, Gonlum, Arslan e Aldemir (Galatasaray). Osman (Anadolu) e Preldzic (Fenerbahçe)

Grécia: Mantzaris e Printezis (Olympiakos), Bouroussis (Real Madrid), Zizis (Unics Kazan), Vasileaidis (Unicaja) e Vougioukas (Galatasaray)

Croácia: Tomic e Hezonja (Barcelona), Bogdanivic e Zoric (Fenerbahçe), Saric (Anadolu) e Ukic (Cedevita)

A Lituânia terá 4 representantes: Pocius (Galatasaray), Kuzminkas (Unicaja), Maciulis (Real Madrid), Jankuna (Zalguiris)

Com 1 representante temos:

França: Tillie (Laboral Kutcha)

Brasil: Huertas (Barcelona)

Senegal: Diop (Limoges)

Porto Rico: Arroyo (Galatasaray)

 

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Euroliga: um pouco de história

Amigos do Basquetebol

Com o inicio da Euroliga no dia 16 de outubro, trago a vocês um pouco da história deste importante campeonato.

Os campeões

De 1958 a 1965 a final era realizada em dois jogos. Nesta fase o grande campeão foi o ASK Riga, dirigida pelo lendário Alexander Gomelski. A equipe conquistou 3 títulos, seguida do CSKA e do Real Madrid com 2 títulos cada.

A partir de 1966 até 1987 a final era decidida em um único jogo. O Real Madrid foi o grande campeão desta fase com 5 títulos, seguido do Varese com 4.

Em 1988 institui-se o Final Four. E o Panathinaikos é o grande destaque desta fase com 6 títulos seguido pelo Maccabi com 4 títulos (aqui incluído uma título de uma competição paralela denominada Supra Liga).

O Barcelona foi a equipe que mais participou do Final Four – 14 aparições – seguida pelo CSKA – 13, Maccabi – 12 e Panathinaikos – 11.

Considerando-se todos os campeonatos realizados (inclusive a Supra Liga em 2001) o Real Madrid é o maior vencedor com 8 títulos. A seguir CSKA, Panathinaikos e Maccabi com 6; Varese – 5; ASK, Milan, Olympiakos e Split – 3.

Se considerarmos os países participantes temos o sequinte quadro:

Itália – 13 títulos (interesssante que o país maior vencedor da Euroliga não disputa um Final Four desde 1998 quando o Kinder Bologna obteve o título). Equipes: Ignis Varese – 5; Cantu, Milan e Kinder – 2; Simenthal e Banco Di Roma – 1

Espanha – 11 títulos. Equipes: Real Madrid – 8; Barcelona – 2; Joventut – 1

Rússia (incluindo a antiga União Soviética) – 10 títulos. Equipes: CSKA Moscow – 6; ASK Riga – 3; Dínamo – 1.

 Grécia – 9 títulos. Equipes: Panathinaikos – 6; Olympiakos – 3.

Iugoslávia – 6 títulos. Equipes: Cibona e Jugoplastika – 2; Split e Partizan – 1.

Israel – 5 títulos. Equipe: Maccabi – 5.

França – 1 título. Equipe: Limoges.

Lituânia – 1 título. Equipe: Zalguiris.

Finalistas e finais

O Real Madrid é a equipe que mais disputou finais da Euroliga – 15. Em seguida temos: Maccabi – 13; CSKA e Varese – 10; Panathinaikos e Barcelona – 7 e Olympiakos – 6.

Varese e Real Madrid fizeram a final por 4 vezes com duas vitórias cada. Varese e CSKA se encontraram 3 vezes em finais com duas vitórias dos italianos. O mesmo número de finais foi dusputado por Panathinaikos e Maccabi com duas vitórias para os gregos e entre Real Madrid e CSKA com duas vitórias dos russos.

Real Madrid - campeão europeu de 1974. Destaques para Brabender (4), Corbalan (11), Luick (13) e Rullán (12) até hoje considerados como legendas do basquetebol Madridista. Ao centro o grande técnico Pedro Ferrandiz
Real Madrid – campeão europeu de 1974. Destaques para Brabender (4), Corbalan (11), Luick (13) e Rullán (12) até hoje considerados como legendas do basquetebol Madridista. Ao centro o grande técnico Pedro Ferrandiz

Os técnicos

A Euroliga é um desfile de grandes técnicos. O maior vencedor da Euroliga é o técnico Obradovic (8 vezes) sendo 3 com o Panathinaikos. As demais equipes que ele dirigiu e venceu foram: Partizan, Joventut, Real Madrid, Kinder Bologna e Maccabi.

Alexander Gomelski é outro destaque com 4 títulos – 3 com o ASK e 1 com o CSKA. Também com 4 títulos Pedro Ferrandiz (todos com o Real Madrid); Etore Messina (2 com o Kinder Bologna, e 1 com CSKA e Maccabi); Malijkovix (2 com Jogoplastika e 1 com Partizan e Limoges).

O troféu oferecido ao melhor técnico da temporada leva o nome de Alexander Gomelski, homenagem muito merecida para aquele que foi um dos maiores técnicos do basquetebol em todos os tempo.

Obradovic - técnico vencedor de 8 títulos da Euroliga
Obradovic – técnico vencedor de 8 títulos da Euroliga

Os jogadores

Dino Meneghin é maior vencedor de títulos da Euroliga – 7 (Varese e Milan). Ossola (Varese), Luik (Real Madrid) e Alvertis (Panathinaikos) venceram por 5 vezes. Brabender, C.Rodriguez, E.Rodriguez, Lolo Saenz e Castillano (todos do Real Madrid) venceram 4 campeonatos. Além deles, Zanatta (Varese) e Jasikevícius (Barcelona, Maccabi e Panathinaikos) também venceram por 4 vezes.

A partir da temporada 2001-2002 foram instiuídos os prêmis de MVP da temporada e MVP do Final Four além da eleição da seleção do campeonato.

Navarro (Barcelona) é o jogador que mais fez parte do ALL 5 (5 vezes), seguido de Dimantidis (Panathinaikos) – 4 e Bodiroga (Barcelona) – 3. Thiago Splitter fez parte da seleção da temporada 2007-2008 e por duas vezes integrou a segunda equipe do campeonato: 2008-2009 e 2009-2010.

Diamantidis (Panathinaikos ) e Parker (Maccabi – não é o Parker do San Antonio) foram eleitos 2 vezes como MVP da temporada. Spanoulis (Oympiakos) for eleito 3 vezes MVP do Final Four e Bodiroga (Barcelona) 2 vezes.

Diamantidis e Spanoulis foram os únicos atletas eleitos MVP da Temporada e MVP do Final Four na mesma temporada. Diamantidis em 2006-2007 e em 2010-2011. Spanoulis na temporada de 2012-2013.

Dino Meneghin. O atleta com o maior número de títulos da Euroliga (7). Grande destaque do Ignis Varese e da Seleção Italiana.
Dino Meneghin. O atleta com o maior número de títulos da Euroliga (7). Grande destaque do Ignis Varese e da Seleção Italiana.

 

 

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Euroliga: vai começar o maior e melhor campeonato de clubes do mundo

Amigos do Basquetebol

No próximo dia 16 de outubro começa o maior e melhor campeonato de clubes do mundo. Refiro-me à Euroliga, campeonato que reúne os 24 melhores clubes da Europa.

A competição se estenderá até o dia 17 de maio de 2015 quando será realizada a final em Madrid.

Sistema de Competição

A Euroliga é disputada em quatro fases distintas:

Fase de grupos – de 16/10 a 19/12 quando os clubes divididos em quatro grupos enfrentam-se nos grupos em turno e returno.

Os grupos são os seguintes:

A – Real Madri (ESP), Anadolu (TUR), Zalguiris (LIT), Novgorod (RUS), Dínamo Sardegna (ITA), Unics Kazan (RUS

B – CSKA (RUS), Maccabi (ISR), Alba Berlin (ALE), Cedevita (CRO), Limoges (FRA), Unicaja (ESP)

C – Barcelona (ESP), Panathinaikos (GRE), Fenerbahçe (TUR), Milan (ITA), Bayern (ALE) e PGE Turow (POL)

D – Olympiakos (GRE), Valência (ESP), Laboral (ESP), Galatasaray (TUR), Crvena (SRV) e Neptunas (LIT)

A segunda fase que será disputada entre 30/12 de 2014 a 10/04 de 2015 terá dois grupos, onde as equipes se enfrentarão dentro do grupo em turno e returno. A composição desses grupos é a seguinte:

E – 1oA, 2oB, 3oC, 4oD, 1oC, 2oD, 3o.A e 4o.B

F – 1oB, 2oC, 3oD, 4oA, 1oD, 2oA, 3oB e 4oC

Desses grupos classificam-se os quatro primeiros que se enfrentarão em playoffs melhor de cinco jogos de 14 a 28/04 de 2015 na seguinte ordem:

1oE x 4oF – 2o.F x 3oE (vencedores fazem uma das semis)

1oF x 4oE – 2oE x 3oF (vencedores fazem uma das semis)

Os vencedores desses confrontos farão o Final Four que será realizado em Madrid nos dias 15 e 17 de maio de 2015.

A Espanha é o país com o vaior número de clubes (5): Real Madrid, Barcelona, Unicaja, Laboral e Valência.

Com 3 equipes vêm a Turquia (Galatasaray, Fenerbahçe e Anadolu) e Rússia (Novgorod, Unics Kazan e CSKA).

Com dois clubes: Lituânia (Zalguiris e Neptunas), Itália (Milan e Dínamo Sardegna), Alemanha (Bayern e Alba) e Grécia (Olympiakos e Panathinaikos).

Com 1 representante: Israel (Maccabi – atual campeão), França (Limoges), Polônia (PGE), Croácia (Cedevita) e Sérvia (Crvena).

Estreantes: Dínamo Sardegna, Limoges, Neptunas e PGE

Grandes ausências: em relação à temporada passada estarão ausentes grandes equipes como o Montepaschi Sienna, Lokomotiv Moscow e Partizan Beograd.

Cerca de 330 atletas compõem o todo dos elencos desta Euroliga. Os locais (aqueles que atuam em equipes de seu próprio país) são a maioria – 159 (48%). Os americanos vêm em segundo lugar com 73 atletas (22%). Os demais são atletas de 35 diferentes países: Belarrúsia, Geórgia, Macedônia, Sérvia, Inglaterra, Montenegro, Grécia, Bósnia e Herzegovina,  Alemanha, Eslovênia, Croácia, França, Nigéria, Jamaica, Lituânia, Rep. Tcheca, Suécia, Polômia, Eslováquia, Autrália, Itália, P.Rico, Letônia, Gabão, Senegal, Burkina Faso, Uruguai, Romênia, Tunisia, México, Rep. Centro Africana, Ucrânia e Estônia.

O Brasil terá dois representantes: Huertas (Barcelona) e J.P.Batista (Limoges).

A equipe com o maior número de locais é o Neptunas (LIT) – 13, seguido pelo Cedevita (CRO) – 12 e Panathinaikos (GRE) – 10. Já os americanos são em maior número no Maccabi (ISR) e Olympiakos (GRE) – 7. O Laboral é a equipe com o menor número de locais (espanhóis) – somente 1.

No próximo post vou falar um pouco da história desta importante e eletrizante competição.

Campeão da temporada 2013/2014 e que foi derrotado pelo Flamengo na Copa Inter Continental
Campeão da temporada 2013/2014 e que foi derrotado pelo Flamengo na Copa Inter Continental
Mundial Feminino · Todos os posts

Mundial Feminino: números finais

Amigos do Basquetebol

E o Mundial Feminino terminou com a esperada vitória dos Estados Unidos. A Espanha sagrou-se vice campeã, a Austrália ficou com o terceiro posto e a Turquia em quarto.

As demais posições: 5o. Canadá; 6o. China; 7o. França; 8o. Sérvia; 9o. Rep. Tcheca; 10o. Belarrúsia; 11o. Brasil; 12o. Cuba; 13o. Coreia; 14o. Japão; 15o. Moçambique; 16o. Angola

O Brasil, que se apresentou com uma equipe bastante modificada, de certa forma decepcionou. Os números brasileiros mostraram uma seleção que cometeu muitos erros, principalmente nos arremessos, mas que pode melhorar já que muitas das suas atletas são jovens e disputaram uma competição mundial pela primeira vez.

Estados Unidos, Austrália e Espanha foram, para mim, os grandes destaques do Campeonato. Lembrando que a Austrália disputou o Mundial sem duas de suas principais atletas: Laureen Jackson e Cabage.

As norte-americanas “sobraram” no campeonato. Uma equipe muito forte e equilibrada (vejam os números abaixo) e muito bem dirigida pelo técnico Auriema.

França, Coreia e a Rep. Tcheca foram, de certa forma, as decepções pelo seu histórico e tradição no basquetebol mundial.

O Canadá com o quinto lugar mostrou que aos poucos está voltando ao cenário mundial com uma seleção bastante promissora.

Turquia, China, Sérvia e Belarrússia cumpriram seu papel de coadjuvantes, sendo que a Turquia aproveitou o fator casa para obter uma excelente quarta colocação.

Nada a se esperar de Moçambique, Angola e Japão que se apresentaram com um basquetebol tecnicamente muito abaixo do que se poderia esperar de seleções que competem em um mundial.

Os números (a melhor seleção e o Brasil):

Pts a favor: EUA – 92,2; Brasil – 59,0 (12o.)

2 pts: Brasil – EUA – 56,3%; 38,3% (11o.)

3 pts: Brasil – EUA – 43,1%; 27,0% (12o.)

l.livres: Belarrússia  e Austrália 84,1%; Brasil – 62,8% (11o.)

Rebotes: EUA – 50,8; Brasil – 36,5 (8o.)

Assists: EUA – 22,3; Brasil – 11,5 (12o.)

B.Perdidas: Sérvia – 11,3; Brasil – 18,0 (12o.)

B.Recuperadas: Espanha – 10,3; Brasil – 9,0 (3o.)

Eficiência: EUA – 117,0; Brasil – 52,5 (12o.)

Destaques individuais:

Cestinhas: Lyttle (Espanha) – 18,2; Érika (10,8)

Rebotes: Leuchanka (Belarrússia) – 13,0; Érika (8,5)

Assists: Casanova (CUba) – 5,8; Adrianinha (3,5)

Eficiência: Lyttle (Espanha) – 26,2; Érika (13,5)

 Seleção do Campeonato:

Moore e Grine (EUA), Penny Taylor (AUS), Lyttle e Torrens (ESP)

MVP: Moore (EUA).

 

Colaboradores · Todos os posts

Assumir riscos: uma das causas do progresso na carreira esportiva

Amigos do Basquetebol

Trago mais uma excelente colaboração do Professor Hermes Balbino.

Atletas que são bem-sucedidos no mundo esportivo ou pessoas de destaque no mundo corporativo apontam algo em comum como causa do progresso na carreira: assumir riscos calculados ao longo de sua trajetória.

O que as faz persistir aos ventos e tempestades é a tolerância a derrotas, fracassos e insucessos, pois sabem que isso é também tomado como uma das maneiras de melhorar o desempenho; entendem os aparentes fracassos como sendo resultados do plano em ação, e se não chegaram onde queriam, precisam se aprofundar na auto-análise e melhorar aspectos internos para atingir o que desejam e colocar-se em jogo mais uma vez. Invariavelmente, vamos encontrar muitos resultados indesejados nas carreiras dessas pessoas.

O que podemos aprender com elas?

Ao deixar de atingir o que deseja, dê um passo para o lado, observe e analise; aceite o resultado que obteve como retorno de um plano e sua execução.

Analise, veja o que funcionou e foi bom, considere o que poderia ter sido melhor.

Tome consciência dos pensamentos e sensações que vieram com o aparente fracasso e transforme-os em combustível para um próximo momento.

Deixe de lutar contra o fracasso; tome-o como uma experiência que o ensina a se preparar e se motivar para os desafios que estão batendo à sua porta, pois assim poderá preencher a sensação de vazio criada por perder um jogo ou ter vivido uma derrota no trabalho.

Ao aceitar este momento de aparente fracasso como uma oportunidade para aprender a se preparar melhor, estará se desenvolvendo para um nível que o fará melhor naquilo em já é bom. Será, pois, melhor ainda!

Disse Jerry Lynch: ”Arrisco a perda temporária pela chance do progresso permanente”.