História do Esporte · Jogos Olímpicos

Curiosidades Olímpicas 4: nossos porta-bandeiras

Amigos do Basquetebol

Uma das maiores honrarias que um atleta pode receber é carregar a bandeira nacional no desfile de abertura dos Jogos Olímpicos.

Nas 21 participações brasileiras em Jogos Olímpicos, 19 atletas tiveram esse privilégio.

Sylvio de Magalhães Padilha e João Carlos de Oliveira tiveram por duas vezes esta oportunidade inesquecível.

O Atletismo é o esporte com o maior número de porta-bandeiras (8), seguido do Basquetebol (4), Vela (3), Judô (2), Tiro Esportivo, Polo Aquático, Volei de Praia e Hipismo (1).

Ano a ano esta é a relação dos nossos porta-bandeiras:

1920 – Afrânio da Costa  –  Tiro Esportivo

1924 – Alfredo Gomes – Atletismo

1932 – Antonio Pereira Lira (Atletismo)

1936 – Sylvio de Magalhães Padilha (Atletismo)

1948 – Sylvio de Magalhães Padilha

1952 – Mario Jorge da Fonseca – Basquetebol

1956- Wilson Bombarda – Basquetebol

1960 – Adhemar Ferreira da Silva (Atletismo)

1964 – Wlamir Marques – Basquetebol

1968 – João Gonçalves Filho – Polo Aquático

1972 – Luis Cláudio Menon – Basquetebol

1976 – João Carlos de Oliveira – Atletismo

1980 – João Carlos de Oliveira – Atletismo

1984 – Eduardo Souza Ramos – Vela

1988 – Walter Carmona – Judô

1992 – Aurélio Miguel – Judô

1996 – Joaquim Cruz – Atletismo

2000 – Sandra Pires – Volei de Praia

2004 – Torben Grael – Vela

2008 – Robert Scheidt – Vela

2012 – Rodrigo Pessoa – Hipismo

E 2016 quem levará nossa bandeira?

Wlamir porta bandeira 1964

Menon porta bandeira 1972 001

Wlamir e Menon – o basquetebol carregando nosso pavilhão.

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Curiosidades Olímpicas 3: o Brasil de 1984 a 2012

Amigos do Basquetebol

Neste terceira edição das Curiosidades Olímpicas vamos mostrar a participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de 1984 a 2012.

1984 – Los Ângeles

Atletas: 129 homens – 22 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Ciclismo, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Hipismo, Judô, Natação, Nado Sincronizado, Polo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais, Tênis, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 1 ouro – Joaquim Cruz (800m); 5 pratas: Futebol Masculino, Voleibol Masculino, Judô (Douglas Vieira), Vela (Soling – Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senft) e Natação (Ricardo Prado – 400m Medley); 2 Bronzes: Judô (Luiz Onmura e Walter Carmona)

Curiosidades

  • O futebol, comandado por Jair Picerni, foi representado pela equipe do Internacional de Porto Alegre
  • Joaquim Cruz foi o primeiro brasileiro a ganhar o ouro em uma prova de pista no atletismo
  • A equipe da vela que conquistou o bronze no Soling teve um grande contratempo que quase os tirou da prova. Seu barco original foi vetado dois dias antes da prova e só competiram depois de conseguir outro barco que teve que ser preparado em tempo recorde

1988 – Seoul

Atletas: 135 homens – 35 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, BOxe, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Lutas, Natação, Nado Sincronizado, Saltos Ornamentais, Tênis, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 1 ouro: Judô (Aurélio Miguel); 2 Pratas: Futebol e Atletismo (Joaquim Cruz – 800m); 3 Bronzes: Atletismo (Robson Caetano – 200m); Vela (Star – Torben Grael e Nelson Falcão e Tornado – Lars Grael e Clínio Freitas)

Curiosidades

  • O basquetebol brasileiro jogando contra a China proporcionou o maior placar acumulado da história dos Jogos – 130×108
  • O atleta do basquetebol Oscar Schimidt tornou-se o recordista de pontos em um só jogo ao marcar 55 pontos contra a Espanha
  • No futebol surgiram nomes que em 1994 dariam ao Brasil o Tetra Campeonato: Taffarel, Jorginho, Bebeto, Mazinho e Romário

1992 – Barcelona

Atletas: 146 homens – 51 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Hoquei sobre Patins, Judô, Levantamento de Peso, Lutas, Natação, Nado Sincronizado, Remo, Saltos Ornamentais, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 2 ouros: Voleibol Masculino; Judô (Rogério Sampaio); 1 prata: Natação (Gustavo Borges – 100m nado livre)

Curiosidades

  • Estreia do Basquetebol Feminino obtendo o 7o. lugar
  • Um erro na cronometragem quase tirou a medalha de prata do nadador Gustavo Borges. Ao final da prova Gustavo aparecia no placar em último lugar sem o tempo registrado. Depois de muitos protestos tudo foi resolvido e o brasileiro ficou com a merecida prata.

1996 – Atlanta

Atletas: 159 homens – 66 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Futebol, Ginástica Artística, Handebol, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Natação, Remo, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro Esportivo, Vela, Voleibol e Volei de Praia

Medalhas: 3 Ouros: Volei de Praia Feminino, Vela: Laser (Robert Scheidt) e Star (Torben Grael e Marcelo Ferreira); 3 Pratas: Basquetebol Feminino, Natação (Gustavo Borges – 200m livres); Volei de Praia Feminino; 9 Bronzes: Atletismo – rev. 4x100m (Arnaldo Oliveira, Robson Caetano, Edson Luciano e André Domingos), Futebol Masculino; Hipismo – Equipe de Saltos; Judô: Henrique Grilheiro e Aurélio Miguel; Natação: (Fernando Scherer – 50m livres e Gustavo Borges – 100 m livres); Vela – Tornado (Lars Grael e Henrique Pelicano) e Voleibol Feminino

Curiosidades

  • Estreia do Futebol Feminino com um 4o. lugar
  • A final feminina do Volei de Praia foi totalmente Brasileira: ouro para Jacquline e Sandra Pires e prata para Adriana e Mônica
  • O basquetebol masculino fez sua última aparição nos jogos e só voltaria em 2012 em Londres
  • Oscar Schimidt fez sua última partida pela seleção brasileira de basquetebol

2000 – Sydney

Atletas: 111 homens e 94 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Natação, Nado Sincronizado, Remo, Saltos Ornamentais, Taekowndo, Tênis, Triatlo, Vela, Voleibol e Volei de Praia

Medalhas: 6 pratas: Atletismo – 4x10mm (André Domingos, Claudinei Quirino, Edson Luciano, Vicente Lenilson), Volibol de Praia Feminino e Masculino, Judô (Tiago Camilo e Carlos Honorato) e Vela (Laser – Robert Scheidt); 6 Bronzes: Basquetebol Feminino, Voleibol Feminino, Volei de Praia Feminino, Hipismo (Equipe de Saltos), Natação – 4x100m (Carlos Jayme, Edvaldo Valéria, Fernando Scherer e Gustavo Borges), Vela (Star – Torben Grael e Marcelo Ferreira).

Curiosidades

  • Mesmo sem Paula e Hortência, as brasileiras obtiveram um honroso terceiro lugar
  • Gustavo Kuerten, campeão em Roland Garros foi o representante brasileiro no Tênis, mas foi eliminado nas quartas de finais.
  • Baboulet de Rout cavalo de Rodrigo Pessoa deu  a mais famosa refugada da história do hipismo. Mesmo assim Pessoa obteve o bronze.

2004 – Atenas

Atletas: 125 homens – 122 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Judô, Lutas, Natação, Nado Sincronizado, Pentatlo Moderno, Remo, Saltos Ornamentais, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro Esportivo, Triatlo, Vela, Voleibol e Volei de Praia.

Medalhas: 5 ouros: Hipismo (Rodrigo Pessoa); Vela – (Star – Torben Grael e MarcelFerreira; Robert Scheidt), Voleibol Masculino; Volei de Praia Masculino (Ricardo e Emanuel); 2 Pratas: Volei de Praia Feminino (Adriana e Shelda) e Futebol Feminino; 3 Bronzes: Maratona (Vanderlei Cordeiro), Judô (Leandro Grilheiro e Flávio Canto)

Curiosidades

  • Vanderlei Cordeiro liderava a Maratona quando foi atacado por um espectador. Masmo assim nosso atleta obteve o Bronze e ganhou Medalha de Honra por seu comportamento.
  • Com a medalha de ouro Torben Grael passou a ser o maior medalhista brasileiro em Jogos Olímpicos e também o atleta com o maior número de participações em Jogos Olímpicos (6)

2008 – Beijing

Atletas: 144 homens e 133 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Lutas, Natação, Nado Sincronizado, Pentatlo Moderno, Remo, Saltos Ornamentais, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Triatlo, Vela, Voleibol e Volei de Praia.

Medalhas: 3 ouros: Natação (Cesar Cielo – 50m nado livre), Voleibol Feminino e Atletismo (Maureen Magi – salto em distância); 4 pratas: Futebol Feminino, Voleibol Masculino, Volei de Praia Masculino (Márcio Araújo e Fábio Luiz) e Vela (Star – Robert Scheidt e Bruno Prada); 8 bronzes: Futebol Masculino, Volei de Praia Masculino (Emanuel e Ricardo), Judô (Kathlen Quadros, Leandro Grilheiroe Tiago Camilo), Natação (Cesar Cielo – 100 m nado livre), Taekwodo (Natália Falavigna); Vela (Fernanda Oliveria e Isabel Swan)

Curiosidades

  • Maureen Magi conquistou a primeira medalha de ouro no feminino no Atletismo
  • O Brasil bateu o recorde de participações em finais: 38
  • José Roberto Guimarães tornou-se o único técnico a ser medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino
  • Pela primeira vez o Brasil participou de uma final por equipes em Ginástica Artística Feminina e no Solo no masculino
  • Maior número de modalidades esportivas na história da participação brasileira nos Jogos Olímpicos: 32

2012 – Londres

Atletas: 136 homens e 123 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Lutas, Natação, Nado Sincronizado, Pentatlo Moderno, Remo, Saltos Ornamentais, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Triatlo, Vela, Voleibol e Volei de Praia.

Medalhas: 3 de ouro: Ginástica Artística (Arthur Zanetti nas argolas), Judô (Sarah Menezes), Voleibol Feminino; 5 Pratas: Boxe (Esquiva Falcão), Natação (Thiago Pereira – 400m medley), Voleibol de Praia (ALison e Emanuel), Futebol Masculino e Voleibol Masculino; 9 Bronzes: Boxe (Adriana Araújo, Yamaguchi Falcão), Judô (Felipe Kitadai, Rafael Silva e Mayra Aguiar), Natação (Cesar Cielo – 50m nado livre), Pentatlo Moderno (Yane Marques), Vela (Star – Robert Scheidt e Bruno Prada), Voleibol de Praia (Juliana e Larissa)

Curiosidades

  • Londres marcou a volta do Basquetebol masculino depois de 3 edições ausente dos Jogos Olímpicos obtendo um 5o. lugar
  • Arthur Zanetti (GA) e Sarah Menezes (Judô) foram as grandes estrelas dos Jogos obtendo medalhas de ouro pela primeira vez em suas modalidades
  • Adriana Araújo ganhou pela primeira vez uma medalha no boxe feminino
  • O sumiço da vara de Fabiana Murer fez com nossa grande atleta perdesse a concentração e não conseguisse a tão esperada medalha

As grandes coincidências da vida. No dia em que Arthur Zanetti classificou-se para a final das argolas tive a honra de encontrá-lo na saída de um restaurante. E ele de forma muito simpática tirou esta foto comigo e com meu amigo Mariano. Era São Caetano presente nos Jogos Olímpicos

Arthur Zanetti 2

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Curiosidades Olímpicas 2: o Brasil de 1960 a 1980

Amigos do Basquetebol

A série curiosidades olímpicas abordará neste post a participação do Brasil no Jogos Olímpicos de 1960 a 1980.

1960 – Roma

Número de atletas: 80 homens e 1 mulher

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Ciclismo, Futebol, Hipismo, Levantamento de Peso, Natação, Pentatlo Moderno, Polo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais, Tiro Esportivo e Vela

Medalhas: 2 de bronze. Basquetebol e Natação com Manoel dos Santos nos 100m nado livre

Curiosidades

  • Nossa única representante do sexo feminino foi Wanda dos Santos que competiu na prova dos 80m com barreiras
  • Estreia do futebol com o Brasil sendo eliminado ainda na primeira fase do torneio

1964 – Tóquio

Número de atletas: 68 homens e 1 mulher

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Futebol, Hipismo, Judô, Natação, Pentatlo Moderno, Polo Aquático, Vela e Voleibol

Medalhas: 1  – Bronze do Basquetebol Masculino

Curiosidades

  • A única mulher brasileira a participar dos Jogos foi Aida dos Santos, 4o. lugar no salto em altura com 1m 74
  • Estreia do Voleibol Masculino com um 7o. lugar

1968 – Cidade do México

Número de atletas: 81 homens e 3 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Esgrima, Futebol, Hipismo, Levantamento de Peso, Natação, Polo Aquático, Remo, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 3 – 1 de Prata com Nelson Prudêncio no Salto Triplo e duas de Bronze: Servilho de Oliveira no Boxe (peso mosca) e na Vela – Flying Dutchman com Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes

Curiosidades

  • A medaha de Bronze de Servilho de Oliveira é a única medalha obtida pelo Boxe masculino Brasileiro nos Jogos Olímpicos
  • Silvio Fiolo, recordista Mundial dos 100m nado de peito ficou a 1 décimo de segundo da medalha de bronze.
  • Nelson Prudêncio foi prata de depois de ter quebrado o recorde mundial, sendo superado no último salto pelo russo Victor Saneyev. Nesta prova o recorde foi superado por 9 vezes entre os dois competidores

1972 – Munique

Número de atletas: 84 homens e 5 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Ciclismo, Futebol, Hispismo, Judô, Natação, Remo, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 2 – Bronze. Nelson Prudêncio no Salto Triplo e Chiaki Ishi no Judô

Curiosidades

  • No futebol três atletas se destacaram apesar da desclassificação e viriam a ser grandes craques de nossa seleção nacional: Roberto Dinamite, Falcão e Dirceu

1976 – Montreal

Número de atletas: 86 homens e 7 mulheres

Esportes: Atletismo, Boxe, Futebol, Judô, Levantamento de peso, Natação, Remo, Saltos Ornamentais, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 2 – Bronze. João do Pulo no salto triplo e Peter Ficker e Reinald Conrad na classe Flying Dutchman na Vela

Curiosidades

  • Por não ter obtido classificação no Pré Olímpico o Basquetebol brasileiro ficou fora dos Jogos de Montreal
  • Mais grandes craques surgem no futebol e que dariam muitas alegrias ao Brasil: Edinho, Junior e Marinho Chagas
  • João do Pulo entrou nos Jogos com o Recorde Mundial do salto triplo – 17m 89 cm, marca que seria quebrada somente 10 anos depois

1980 – Moscou

Número de atletas: 94 homens e 15 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Ciclismo, Ginástica Artística, Judô, Levantamento de Peso, Natação, Remo, Saltos Ornamentais, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Vela e Voleibol

Medalhas: 4. Dois ouros na Vela: Classe Tornado com Alexandre Welter e Lars Bjorgstrom e na Classe 470 com Marcos Soares e Eduardo Penido. Dois bronzes: João do Pulo no salto triplo e na natação (4x200m) com Jorge Fernandez, Marcos Mattioli, Cyro Delgado e Djan Madruga

Curiosidades

  • Mesmo não tendo se classificado no Pré Olímpico, o basquetebol brasileiro foi convidado a participar dos Jogos em função do boicote norte-americano.
Aida Dos Santos nos Jogos Olímpicos do México - 1968
Aida Dos Santos nos Jogos Olímpicos do México – 1968
Nelson Prudêncio e Victor Saneyev - salto de gigantes nos Jogos do México 1968
Nelson Prudêncio e Victor Saneyev – salto de gigantes nos Jogos do México 1968

Fotos: Sonho e Connquistas – O Brasil nos Jogos Olímpicos do Século XX (COB)

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Curiosidades Olímpicas 1: o Brasil de 1920 a 1956

Amigos do Basquetebol

Inicio uma série denominada “Curiosidades Olímpicas” com o objetivo de trazer de forma resumida algumas informações sobre os Jogos Olímpicos.

A primeira desta série é destinada à participação brasileira de 1920, quando de sua primeira participação a 1956

1920 – Antuérpia

Número de atletas: 21 homens

Esportes: Natação, Polo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais e Tiro Esportivo

Medalhas:  3 –  1 de ouro com Guilherme Paraense e 1 de prata e 1 de bronze com Afrânio Costa

Curiosidades: O melhor resultado fora o Tito Esportivo foi obtido pelo saltador Adolpho Wellihs na plataforma de 10m

1924 – Paris

Número de atletas: 12 homens

Esportes: Atletismo, Remo e Tiro Esportivo

Medalhas: nenhuma

Curiosidades: Nosso melhor resultado foi um 4o. lugar obtido por nossos remadores Carlos Castelo Branco e Edmundo Castelo Branco

1932 – Los Ângeles

Número de atletas: 66 homens e 1 mulher

Esportes: Atletismo, Natação, Polo Aquático, Remo e Tiro Esportivo

Medalhas: nenhuma

Curiosidades: a única mulher da delegação brasileira foi a nadadora Maria Lenke que competiu nos 200m nado peito e obteve o 9o. lugar

1936 – Berlin

Número de atletas: 88 homens e 6 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Ciclismo, Esgrima, NAtação, Pentatlo Moderno, Remo, Tiro Esportivo e Vela

Medalhas: nenhuma

Curiosidades:

  • Estreia do Basquetebol Masculino com um 6o. lugar. Sylvio de Magalhães Padilha, que viria a ser o presidente do COB, obteve o melhor resultado de toda a delegação brasileira, com um 5o. lugar na prova de 400 c/barreiras

1948 – Londres

Número de atletas: 70 homens e 11 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Esgrima, Hipismo, Natação, Pentatlo Moderno, Remo, Saltos Ornamentais e Tiro Esportivo

Medalhas: Bronze do Basquetebol Masculino

Curiosidades:

  •  A medalha de Bronze do Basquetebol Masculino foi a primeira do Brasil em um esporte coletivo
  • Surge um dos maiores atletas brasileiros de todos os tempos: Adhemar Ferreira da Silva

1952 – Helsinque

Número de atletas: 103 homens e 5 mulheres

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Esgrima, Futebol, Hipismo, Levantamento de Peso, Natação, Pentatlo Moderno, Polo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais, Tiro Esportivo e Vela

Medalhas: 3 – Ouro com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo (16m22), Bronze com José Telles da Conceição no salto em altura (1m98) e Bronze na natação com Tetsuo Okamoto nos 1500m (18m31s3)

Curiosidades: Estreia do futebol brasileiro em Jogos Olímpicos obtendo um 5o lugar. Nesta equipe atuou o centroavante Vavá que se tornaria Bi Campeão Mundial em 1958 e 1962.

1956 – Melbourne

Número de atletas: 47 homens e 1 mulher

Esportes: Atletismo, Basquetebol, Boxe, Ciclismo, Hipismo, Levantamento de peso, Pentatlo Moderno, Saltos Ornamentais, Tiro Esportivo e Vela

Medalhas: 1 – ouro com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo – 16m35

Curiosidades: 

  • Nossa única representante foi Mary Dalva nos saltos ornamentais – plataforma prova em que obteve um 16o. lugar
  • Começa a surgir uma geração que colocou o basquetebol em destaque no mundo todo nas décadas de 1960 e 1970.
Adhemar Ferreira da Silva, nosso bi-campeão olímpico que inspirou uma grande geração de triplistas
Adhemar Ferreira da Silva, nosso bi-campeão olímpico que inspirou uma grande geração de triplistas
JOsé Telles da Conceição - único atleta brasileiro a obter medalha no salto em altura
JOsé Telles da Conceição – único atleta brasileiro a obter medalha no salto em altura

 

História do Basquetebol · História do Esporte · Personagens

Moacyr Daiuto: “o” mestre das quadras

Amigos do Basquetebol

Este é o último post em homenagem ao centenário do Prof. Moacyr Brondi Daiuto.

E nele vamos falar de sua trajetória como técnico de basquetebol que atuou por muitos anos em praticamente todos os setores competitivos: universitário, clubes e seleções paulistas e brasileiras.

Após se formar na primeira turma da Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo, Daiuto iniciou sua trajetória como técnico atuando na ACM de São Paulo, ministrando aulas de Basquetebol e Voleibol.

Na ESEF, Daiuto foi tetra campeão paulista em 1940, 1941, 1942 e 1943 nos torneios promovidos pela Federação Paulista de Basketball. Daiuto também dirigiu a equipe masculina obtendo vários títulos universitários em São Paulo. Seu sucesso como técnico universitário o levou a ser o técnico das seleções paulistas universitária e da seleção brasileira univeristária que disputou as Universíades de Turim, nos Jogos Latino-Americanos em Cuba e na Universíade realizada em Porto Alegre, em 1963.

Em clubes Daiuto iniciou sua carreira iniciou-se em 1948, no Clube de Regatas Saldanha da Gama (Santos). Depois disto ele dirigiu as equipes do Tumiaru de São Vicente (1951), Tênis Clube Paulista (1951), Esporte Clube Pinheiros (1951 a 1959), Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba (1960 – Campeão Estadual).

Nosso mestre também dirigiu os três principais clubes de basquetebol da capital:  Sociedade Esportiva Palmeiras (campeão estadual em1961), Esporte Clube Sírio (Campeão Estadual e Sulamericano em1971) e S.C.Corinthians Paulista onde conquistou  os títulos doTorneio Luciano Marrano (1966 e 1968), dois títulos do Torneio Rumi de Ranieri (1969 e 1970), cinco Campeonatos Estaduais (1964, 1965, 1966, 1968 e 1969), três títulos brasileiros (1965, 1966 e 1969), tri campeão Sul-Americano (1965, 1966 e 1969), Vice Campeão Mundial de Clubes (1965) e bronze no Campeonato Mundial de Clubes (1970).

A trajetória do Professor Moacyr Daiuto em seleções brasileiras adultas masculinas também foi repleta de glórias e grandes conquista. A primeira e talvez a mais significativa delas foi o bronze olímpico obtido em Londres, em 1948 (7 vitórias e 1 derrota) Em 1950, voltou a dirigir a seleção brasileira no primeiro Mundial realizado na Argentina, onde obtivemos o quarto lugar (3 vitórias e 3 derrotas). Sua passagem como técnico da seleção brasileira masculina contabiliza

Como assistente técnico, Daiuto conquistou a medalha de prata no Sul Americano de 1963 e do Pan Americano no mesmo ano. Ainda em 1963 veio a grande consagração com a conquista do Campeonato Mundial realizado no Rio de Janeiro. Sua última participação como assistente técnico em seleções brasileira deu-se no Mundial de 1970, disputado na antiga Iugoslávia, quando ficamos com a medalha de prata.

Daiuto também dirigiu a seleção feminina noi Sulamericano de 1962, ficando com o bronze (4 vitórias e 2 derrotas).

Sua carreira como técnico foi encerrada em 1971 quando se dedicou exclusivamente à carreira acadêmica deixando um legado muito importante para o esporte nacional que foi e ainda deve ser tomado como exemplo por todos que tomaram e tomam o basquetebol como sua paixão.

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História do Basquetebol · História do Esporte

Moacyr Daiuto: um mestre fora das quadras

Amigos do Basquetebol

Ainda como comemoração ao centenário do Prof. Moacyr Daiuto, neste post vou falar sobre o mestre fora das quadras.

A carreira acadêmica do Prof. Daiuto começou em 1934 quando ingressou na Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo. Formou-se em 1935, na primeira turma da qual também fazia parte Maria Lenk, nossa lendária nadadora.

A partir de então, Daiuto passou a fazer parte da comunidade da Educação Física Brasileira tnedo papel importante no desenvolvimento da área.

Na Escola de Educação Física da USP, Daiuto passou por praticamente todos os cargos: docente nas disciplinas de Voleibol e Basquetebol, tanto na graduação como nos cursos de especialização. Sua nomeação como Catedrático dessas disciplinas ocorreu em 16 de outubro de 1961.

Na área administrativa foi  Chefe do Departamento Ténnico e Diretor, cargo que exerceu de 1976 a 1979. Daiuto permaneceu na Escola de Educação Física da USP até 1985, ano de sua aposentadoria. Em sua gestão, Daiuto foi um dos maiores responsáveis pela implantação do primeiro programa de Pós Graduação em Educação Física do Brasil.

Daiuto também contribuiu decisivamente para a consolidação da profissão por ser um dos fundadores, em 1936, da Associação dos Professores de Educação Física do Estado de São Paulo.

Ainda fora das quadras o Prof. Daiuto exerceu cargos no Departamento de Esportes do Estado de São Paulo e no Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo (antigo DEFE), como inspetor regional de educação física, auxiliar técnico e chefe do serviço de esporte. Também foi Diretor do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em São Paulo de 1987 a 1989.

No cenário do Basquetebol, foi ele o grande idealizador e criador da BRASTEBA (Associação Brasileira de Técnicos de Basquetebol, sendo seu presidente de 1976 a 1985. Sua projeção internacional o tornou Vice Presidente da Associação Mundial de Técnicos de Basquetebol, cargo que exerceu de 1977 a 1982.

O Prof. Daiuto também contribui muito para o desenvolvimento do basquetebol em seus aspectos técnicos, táticos, pedagógicos e organizacionais. Publicou diversos livros com destaque para “Basquetebol: origem e evolução” e Metodologia do Ensino do Basquetebol que teve seis edições e foi publicado em toda a América do Sul e Espanha e durante muito tempo foi a “bíblia” de professores de educação física e técnicos de basquetebol.

Ainda no âmbito pedagógico, o Prof. Daiuto foi presença marcante em cursos e palestras em todo o Brasil, América do Sul e diversos países da Europa, levando seu profundo conhecimento do esporte e elevando o respeito das diferentes instituição ao seu trabalho e ao basquetebol brasileiro.

Sem dúvidas, o Prof. Moacyr Daiuto foi um exemplo para seus alunos e colegas de trabalho. Exemplo do qual tive a honra de compartilhar e utilizar em toda minha carreira profissional.

Basquetebol: Metodologia do Ensino - livro que foi e ainda é referência no ensino do basquetebol
Basquetebol: Metodologia do Ensino – livro que foi e ainda é referência no ensino do basquetebol
1a. turma da ESEF - Daiuto é o terceiro em pé da direita para a esquerda
1a. turma da ESEF – Daiuto é o terceiro em pé da direita para a esquerda
História do Basquetebol · História do Esporte · Mundial Masculino

1959: Brasil Campeão Mundial

Amigos do Basquetebol

Ontem (31 de janeiro) comemoramos uma importante data para nosso basquetebol. O Brasil sagrava-se pela primeira vez Campeão Mundial de Basquetebol Masculino.

Foi um campeonato marcado por questões políticas que fizeram com que a União Soviética e a Bulgária sofressem punições por se recusarem a enfrentar Formosa. Esta decisão acabou favorecendo o Brasil que havia perdido da União Soviética tanto na fase de classificação quanto na fase final. Vencendo os demais adversários po Brasil acabou sendo proclamado campão superando os Estados Unidos, Chile, Porto Rico, Formosa e Bulgária.

Este foi um Mundial atípico, pois deveria ter sido disputado em 1958, mas devido a problemas no Chile ele acabou sendo adiado para o início de 1959. O Brasil vinha da disputa em dois mundiais anteriores nos quais obteve um quarto lugar na Argentina em 1950 e de um Vice-Campeonato no Rio de Janeiro em 1954.

O técnico Kanela e seu assistente João Francisco Braz contaram nesta competição com os seguintes atletas: Algodão, Amaury, Wlamir, Waldyr Boccardo, Senra, Fernando Brobó, Rosa Branca, Jatyr, Edson Bispo, Otto, Pecente e Waldemar.

Na primeira fase o Brasil venceu o Canadá (69×52) e o México (78×50) e foi derrotado pela União Soviética (73×64). Na fase final vencemos Formosa (94×76), Bulgária (62×53), Chile (76×71), Porto Rico (81×67) e Estados Unidos (81×67). Nossa única derrota aconteceu para os soviéticos (66×62) mas que acabou sendo desconsiderada em função da punição sofrida.

O cestinha do Campeonato foi Wlamir Marques que anotou 149 pontos. De acordo com o site do Hall of FAme da FIBA (http://www.halloffame.fiba.com/pages/eng/hof/indu/play/2007/p/lid_17904_newsid/19990/bio.html) Amaury foi considerado o melhor jogador do campeonato. Mas jornais do Chile e do Brasil apontavam Wlamir como o melhor do Campeonato. De qualquer forma, sendo Amaury ou Wlamir, isto só pode nos encher de orgulho.

A classificação final mostrou o Brasil como campeão, Estados Unidos (vice), Chile (3o.), Formosa (4o.), Porto Rioco (5o.), União Soviética (6o.) e Bulgária (7o.). Além dessas equipes também participaram: Argentina, Egito, Canadá, México, Filipinas e Uruguay.

Esta equipe deu início à fase de ouro do Basquetebol Brasileiro que conquistaria o Bronze Olímpico em 1960 e 1964 e se tornaria Bi-Campeão Mundial em 1963.

 

A equipe Campeã Mundial de 1959
A equipe Campeã Mundial de 1959

 

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EEFE USP – 80 anos de glórias (2): a contribuição para o esporte

Amigos do Basquetebol

Neste segundo post sobre os 80 anos da Escola de Educação Física e Esporte da USP escreverei sobre a magnífica contribuição da instituição para o esporte nacional.

Desde suas origens a então ESEP (Escola Superior de Educação “Physica”) teve em seus quadros grandes expoentes do esporte nacional. Foram atletas, árbitros e dirigentes que se destacaram nas mais diferentes competições nacionais e internacionais.

Seria impossível neste espaço (e também pela dificuldade de encontrar dados e pelas falhas de memória) enumerar todos a queles que fizeram parte deste quadro de destaques esportivos. Mas mesmo assim vou tentar, contando sempre com a colaboração dos meus leitores (principalmente os EEFEUSPIANOS) que poderão me corrigir e/ou enviar nomes que ficaram esquecidos neste texto.

Dentre tantos atletas nada mais justo que destacar nossa maior nadadora, Maria Lenk. A primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos (1932) fez parte da primeira turma da ESEP (1934).

Dentre os técnicos, não há como deixar de lembrar do primeiro medalhista olímpico em esportes coletivos (Basquetebol – 1948) o nosso eterno mestre Prof. Moacyr Daiuto que também fez parte da primeira turma da ESEP, tornando-se posteriormente docente e diretor da instituição. Ressalto que o basquetebol terá um capítulo especial nessa viagem histórica.

Outros grandes nomes fizeram parte da Escola de Educação Física e Esporte da USP como alunos (graduação, pós e especialização) e docentes competindo em Jogos Olímpicos, Pan Americanos, Mundiais e Sul Americanos. Tentarei aqui lembrar de alguns e suas modalidades:

Atletismo: Sylvio de Magalhães Padilha, Jarbas Gonçalves, Aluisio de Queiroz Telles, Valdir Barbanti, Nelson Prudêncio (medalhas de prata e bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e 1972, respectivamente).

Box: Luiz Carlos Fabre

Canoagem: Carlos Bezerra de Albuquerque

Esgrima: Roberto Lazarini

Futebol: José de Souza Teixeira, Mário Miranda Rosa, Brida

Ginástica Olímpica: Nestor Soares Públio, Yumi Yamamoto e Kenichi Tosaki

Handebol: Jamil André, José Luiz Vieria, Santo Baldacim, Lima Rosa e Antonio Carlos Simões

Judô: Carlos Catalano Caleja, Vânia Ishi e Douglas Vieira (Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de Barcelona, 1984)

Polo Aquático: Cláudia Graner

Nado Sincronizado: Andrea Cury

Natação: Maria Lenk

Voleibol: Antonio Carlos Moreno, Marcelo Pimenta, Cacá Bizzocchi, Valderbi Romani e Hélio Silveira

Esporte Paralímpico: Rui Marques

Além desses atletas, técnicos e árbitros tivemos a presença marcante de dois médicos que prestaram muitos serviços ao esporte nacional: Mário Pini e Rubens Rodrigues.

Especificamente no basquetebol, a EEFE também se notabilizou por contribuir para as diferentes competições (Sul Americanos, Pan Americanos, Mundiais e Jogos Olímpicos) com grandes atletas, técnicos e preparadores físicos. Desta lista fazem parte alunos dos cursos de graduação, pós graduação, especialização e medicina esportiva, docentes e dirigentes da EEFE.

Entre os atletas cito:

Alberto Marson-bronze nos Jogos Olímpicos de 1948 e bronze no Pan Americano de 1951; Vice Campeão Sul Americano em 1949 – aluno de graduação

Amaury Pasos – campeão Mundial em 1959 e 1963; Bronze nos Jogos Olímpicos de 1960 e 1964, vice no Pan Americano de 1963; Tetra Campeão Sul Americano em 1958, 1960, 1961 e 1963 – aluno de graduação

Arilza Coraça – Campeã do Sul Americano em 1974 – aluna de graduação

Edson Bispo dos Santos – Campeão Mundial em 1959 e Medalhista de Bronze nos Jogos Olímpicos de 1960 e 1964 – aluno do curso técnico em basquetebol

José Aparecido dos Santos – Joy –  Atleta Olímpico em 1968 e 1972, Campeão Pan Americano em 1971, Bi-Campeão Sul Americano em 1971 e 1973, Vice Campeão Mundial em 1970) – aluno de graduação

José Edvar Simões (Atleta Olímpico em 1964, 1968 e 1972, Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de 1964, Vice Campeão Mundial em 1970, Vice Campeão Sul Americano em 1966) – aluno de graduação

Marcel de Souza (Atleta Olímpico em 1980, 1984, 1988 e 1992, Campeão Pan Americano de 1987, Bronze no Mundial de 1978, Campeão Sul Americano em 1977 e 1983 – aluno do Curso de Medicina Esportiva

Ruth Queiroz Telles –  Vice Campeã do Sul Americano em 1946 – aluna de graduação

Wilson Bombarda – Bronze nos Pan Americanos de 1955 e 1959 – aluno de graduação

Entre os técnicos e assistentes técnicos:

Aluisío Elias Xavier Ferreira  – Bi Campeão Pan Americano 2003 e 2007, Campeão Sul Americano em 2003 – aluno de graduação, do curso de especialização em Basquetebol e Mestrado; docente na disciplina basquetebol

Edson Bispo dos Santos – Campeão Pan Americano em 1971 –  aluno do curso técnico em basquetebol

José Alves Neto – Assistente Técnico nos Jogos Olímpicos de 2012 e no Mundial de 2010, Bi Campeão Brasileiro e Campeão da Liga das Américas pelo C.R. Flamengo – aluno de graduação e monitor da disciplina Basquetebol

José Edvar Simões – Campeonato Mundial de 1982 – aluno de gradução

José Medalha – Técnico Olímpico em 1992, Campeão Pan Americano – 1987, Vice Campeão Sul Americano em 1991 – aluno de graduação e mestrado; docente da disciplina Basquetebol; docente do Curso de Especialização em Basquetebol; Chefe do Departamento Técnico Desportivo (atual Dep. de Esporte)

Moacyr Daiuto – Bronze nos Jogos Olímpicos de 1948; Campeão Mundial em 1963 – aluno de graduação; docente da disciplina Basquetebol; docente do curso de Especialização em Basquetebol; Diretor da EEFE

Pedro Murilla Fuentes (Pedroca) – aluno de graduação

Sérgio Maroneze – Campeão Mundial Feminino em 1994 e Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de 1996 – aluno do curso de Especialização em Basquetebol

Waldir Pagan Perez – Campeão Mundial Feminino em 1994, Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de 1996, bronze no mundial Feminino de 1971 – aluno do Mestrado; docente do curso de Especialização em Basquetebol

Entre os preparadores físicos:

Clóvis Vitah Hadad – preparador física da seleção feminina e várias vezes campeão paulista e brasileiro pela equipe feminina de Americana – aluno de graduação

Valdir Barbanti –vice campeão Pan Americano – aluno de graduação e mestrado; docente dos cursos de especialização e mestrado; Chefe do Departamento de Esporte e Diretor da EEFE

Também não posso deixar de mencionar a presença marcante de alunos e ex- alunos atuando como voluntários em competições internacionais e muitos deles exercendo cargos  em Federações, Secretarias de Esportes, Comitê Olímpico Brasileiro, UEFA, FIFA e outras instituições importantes no cenário nacional e internacional. Bem como aqueles que trabalharam e ajudaram a desenvolver a estatística no basquetebol brasileiro atuando em grandes eventos nacionais e internacionais.

Maria Lenk - primeira mulher brasileira a disputar os Jogos Olímpicos
Maria Lenk – primeira mulher brasileira a disputar os Jogos Olímpicos
Amaury enfrenta o americano Gibson
Amaury Pasos – dois títulos mundiais e duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos

 

Daiuto - medalha de Bronze em Londres - 1948 - o Mestre de todos nós
Daiuto – medalha de Bronze em Londres – 1948 – o Mestre de todos nós

 

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Copa do Mundo de Basquetebol Masculino: grupo A

Amigos do Basquetebol

Este é o primeiro post que analisará os grupos da Copa do Mundo de Basquetebol que se iniciará no dia 30 de agosto na Espanha.

O GA será disputado em Granada e terá os seguintes países: Brasil, Egito, Espanha, França, Irã e Sérvia. Os quatro primeiros classificados deste grupo disputarão as oitavas de final contra os quatro classificados do GB (Argentina, Croácia, Filipinas, Grécia, Porto Rico e Senegal) no sistema de cruzamento olímpico (1×4, 2×3, 3×2 e 4×1).

Salvo qualquer surpresa acredito na classificação da Espanha (em primeiro lugar), França, Brasil e Sérvia disputarão as outras 3 vagas. Egito e Irã não têm chances de classificação.

Títulos

Dentre os componentes do grupo A, o Brasil possui dois títulos mundiais (59 e 63). A Espanha foi campeã em 2006 e a Sérvia em 2002 (lembrando que este foi o primeiro campeonato disputado como Sérvia).

Vagas

Os países deste grupo obtiveram a vaga para a Copa do Mundo da seguinte maneira: Espanha (país sede); Brasil (convidado); França (campeão da Euro); Sérvia (7o. na Euro); Egito (2o. da África) e Irã (Campeão da Ásia).

Participações, vitórias/derrotas, colocação em 2010 e ranking da FIBA

Brasil: 16; 76/52; 9o./10o.

Egito: 3; 5/18; np/ 46o.

Espanha: 10; 55/28; 6o.; 2o.

França: 6; 22/24; 13o.; 8o.

Irã: 1; 1/5; 19o.; 20o.

Sérvia: 2; 15/9; 4o.; 11o.

Confrontos

Dos 15 confrontos previstos para o grupo A, cinco nunca aconteceram em campeonato mundiais: Espanha x Irã; França x Irã; Sérvia x Irã; Egito x Irã e Sérvia x Egito.

Nos demais temos a seguinte situação (v/d – último confronto):

Brasil x França (3/1; 1986 – 93×85)

Brasil x Egito (1/0; 1950 – 38×19

Brasil x Sérvia (0/1; 2002 – 69×90)

Brasil x Espanha (1/6; 2002 – 89×105)

Brasil x Irã (1/0; 2010 – 81×65)

Espanha x França (1/1; 2010 – 66×72)

Espanha x Sérvia (2/1; 2010 – 89×92)

Espanha x Egito (2/1; 1994 – 94×52)

França x Sérvia (1/0; 2006 – 65×61)

França x Egito (0/1; 1950 – 28×31)

As equipes e seus destaques

Egito: média de idade – 26 anos. Equipe sem grandes destaques individuais e que não deverá apresentar grandes dificuldades aos adversários. Três de seus jogadores atuam no basquetebol universitário norte-americano em equipes de segunda linha.

Espanha: média de idade – 27 anos. Sua equipe é experiente e tem a vantagem de jogar em casa. Traz atletas da NBA (Pau e Marc Gasol, Ibaka, Clavert, Calderón e Ricky Rúbio) e uma coleção de jogadores fantásticos que atuam na ACB: Rudy Fernandez, Sérgio Rodriguez, Sérgio Llul, Felipe Reyes e os jovens Diez e Abrines que fizeram uma excelente temporada no campeonato Espanhol. A grande favorita para disputar o título contra os Estados Unidos.

Irã: média de idade – 26 anos. Assim como o Egito não deverá ser obstáculo difícil de ser vencido. Não tem atletas atuando nos grandes centros.

França: média de idade – 26 anos. Na pré lista apresentada o grande desfalque é o armador campeão da NBA, Tony Parker, afastado por contusão. Mesmo assim a França será uma das equipes que, em minha opinião estará no grupo de elite deste campeonato (8 primeiros). Além dos quatro atletas que jogam na NBA (De Colo, Batum, Gobbert e Diaw – companheiro de Splitter no San Antonio) a equipe francesa conta com atletas que atuam em altíssimo nível em equipes europeias como Gelabale, Lauvergne e Huertel.

Sérvia: média de idade – 25 anos. Honrando a tradição do antigo basquetebol iugoslavo a Sérvia deverá vir muito forte com seus atletas NBA (RAduljika, Nedovic e Kusmic) e com seus astros que atuam no basquetebol europeu: Bogdanivic, Bjelica, Krstic, Markovic, Mikov e o excelente armador Teodosic. Com certeza será um dos candidatos ao grupo de elite da Copa do Mundo.

Brasil: média de idade – 29 anos. Com a presença de todos os astros da NBA (Leandrinho, Varejão, Nenê e principalmente o campeão Splitter), de Marcelinho Huertas que fez uma temporada fantástica na Europa e dos demais atletas que têm atuado com destaque no NBB o Brasil está credenciado a classificar-se com tranquilidade neste grupo, podendo chegar em lugares de destaque nesta Copa do Mundo. Além disto deve-se destacar a presença de atletas jovens e promissores como Rafael Hettsheimer, Raulzinho, Rafael Luz e Cristiano Felício.

 

 

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EEFE USP – 80 anos de glórias (1): a história

Amigos do Basquetebol

Eu não poderia deixar passar em branco um momento muito especial na minha vida profissional e também para a vida esportiva do nosso país.

No próximo mês de agosto, minha querida Escola de Educação Física e Esporte da USP comemora 80 anos. Oitenta anos dedicados à excelência do ensino da Educação Física e do Esporte e também revelando grandes talentos para essas áreas em nível nacional e internacional.

Eu tenho a honra e muito orgulho de ter participado de parte desta história de 1972 a 2006 (quando me transferi para a Escola de Artes, Ciências e Humanidades – USP Leste para assumir a coordenação do Curso de Ciências da Atividade Física), como aluno e professor(de voluntário, auxiliar de ensino, assistentes, livre docente e titular). Convivi com grandes expoentes da Educação Física e do Esporte deste país, com quem aprendi muito. Tive a felicidade de poder contribuir para a formação de muitos jovens, alguns deles hoje ocupando posição de destaque no esporte nacional como técnicos, dirigentes e administradores.

Portanto, neste primeiro post homenageio a EEFEUSP, todos seus alunos, funcionários e docentes, contando um pouco de sua história.

A EEFEUSP, inicialmente denominada Escola Superior de Educação “Physica” do Estado de São Paulo foi a primeira escola de educação física civil criada no nosso país através do decreto 4.855 de 27 de janeiro de 1931.

A então Escola Superior era parte integrante do Departamento de Educação “Physica” que por sua vez era subordinado à Secretaria do Interior do Estado de São Paulo. Em 1934 o Departamento passou a integrar a Secretaria da Saúde Pública.

Devido a uma série de entraves burocráticos e, principalmente, devido ao advento da Revolução Constitucionalista, a EEF não pode iniciar suas atividades. Isto só veio acontecer no dia 1 de agosto de 1934, após um grupo de docentes normalistas terem participado de um curso preparatório na Escola de Educação Física do Exército no Rio de Janeiro. Deste curso sairam os 12 docentes que formaram o primeiro quadro de professores da EEF.

A aula inaugural do Curso de “Instructores de Gymnastica” e Professores de Educação “Physica” foi ministrada no dia 4 de agosto de 1934 pelo Professor Jarbas Salles de Figueiredo sobre o tema – Atividades Físicas para crianças de 7/8 anos de idade – de acordo com o Método Francês.

As matérias do curso de “Insturctores de gymnastica” naquela primeira turma eram: Anatomia humana; “Physiologia” humana; “Hygiene”; Noções de “psycologia” educativa; Educação “physica; Noções de “orthopedia” e História da Educação “Physica”.

Já no curso de Professores de Educação “Physica” as matérias eram as seguintes: Biologia; “Orthopedia”; “Physiotherapia”; “Theoria” e prática dos esportes; “Theoria” e prática de danças clássicas e “rhythmicas”; Organização da educação infantil; Organização, administração e “direcção” de torneios, competições de “gymnastica” e esporte e “Accidentes esportivos, sua prevenção e “soccorros” de urgência.

O primeiro corpo docente era formado pelos seguintes professores: Arno Enge; Américo do Rego Cavalcanti; Francisco Pompeu do Amaral; João Alves Meira; Miguel Leuzzi; Jarbas Sales de Figueiredo; Antonio de Castro Carvalho; José Villela Bastos; Antonio Cochiarelli; Idílio Alcântara de Oliveira Abbade; Alfredo Giorgetti e Álvaro Cardoso.

Em 1935, trinta e quatro aluno formaram-se na primeira turma de “Instructores de gymnastica”. Dentre eles podemos destacar personagens que tiveram posteriormente sua carreira como docentes da EEF e também destaque no esporte nacional: Moacyr Daiuto, Alaor Pacheco, Cyro de Andrade, Dimas Alves de Almeida, Mário Nunes de Souza, Eurydice da Silva Costa, Stella Guérios, Wally Thiele Daiuto e nossa maior nadadora Maria Lenk.

Com o passar dos anos a “ESEP” sofreu uma série da alterações em sua organização, currículos e locais de funcionamento.

Em 1945 passou a denominar-se Escola de Educação Física e Desporto. Em 1951, Escola de Educação Física do Estado de São Paulo. Em 1958, Escola de Educação Física e em 1969, Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo.

Até 1975 a instituição percorreu várias instalação na cidade de São Paulo, até se fixar definitivamente no campus da USP na cidade Universitária. Sua incorporação definitiva à USP ocorreu em 1969.

Locais onde foram desenvolvidas as atividades: Parque Dom Pedro II, Escola da Polícia Militar, Clube de Regatas Tietê, Associação Atlética São Paulo, Clube Espéria, Parque da Água Branca, Esporte Clube Pinheiros, Pacaembu, DEFE Água Branca e Ibirapuera.

Até 1992 era oferecido somente o curso de Licenciatura em Educação Física. Em 1992 marcando o pioneirismo da instituição foram também criados os cursos de Bacharel em Educação Física e Bacharel em Esporte. A partir desta data a denominação passou a ser Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.

Em uma nova demonstração de pioneirismo, em 1977 foi criado o primeiro curso de Mestrado em Educação Física do país. Em 1989 também foi criado o primeiro curso de Doutorado no país. Esses dois cursos foram importantes para a formação acadêmica de muitos docentes que levaram para outros estados a implantação de novos cursos de pós graduação.

Os Diretores – nesses 80 anos de glórias a EEF teve os seguintes diretores:

Antonio Smith Bayma, Arne Enge, Edmundo Carvalho, Sylvio de Magalhães Padilha, Arthur Valls, Paulo Godoy, Mário Nunes de Souza, Allaor Pacheco, Floriano de Alencar, Miguel Morano, Moacyr Daiuto, Jarbas Gonçalves, Jamil André, Erasmo Castro Tolosa, José Guilmar Mariz de Oliveira, José Geraldo Massucato, Valdir José Barbanti, Alberto Carlos Amadio, Go Tani e Carlos Eduardo Negrão (atual).

Esta história segue no próximo post com os destaques da EEF nos esporte nacional e internacional.

 

1a. Turma da ESEP - Parque da Água Branca - 1935
1a. Turma da ESEP – Parque da Água Branca – 1935

 Fonte: Arquivos da EEFEUSP