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Euroliga 2012/2013 – “Top 16”: resumo da 1a. rodada

Amigos do Basquetebol

A fase “Top 16” da Euroliga de basquetebol completou, ontem, a primeira rodada.

Resultados

GE: Alba Berlin 63 x 77 Real Madrid; ; CSKA 90 x 71 Anadolu; Unicaja 85 x 82 Brose; Panathinaikos 67 x 66 Zalguiris

GF: Besiktas 75 x 80 Khimki; Caja Laboral 82 x 74 Olympiakos; Montepaschi 79 x 69 Maccabi; Barcelona 100 x 72 Fenerbaçe

Destaques coletivos

Eficiência: Barcelona 127; CSKA 103

Rebotes: Unicaja 46; Besiktas 37

Assistências: Barcelona 23; Khimki 20

Destaques Individuais:

Eficiência: Tomic (Barcelona) 27, Krstic (CSKA) e Farmar (Anadolu) 25

Cestinhas: Lampe (Caja Laboral) 25; Farmar (Anadolu) 24

Rebotes: Tomic (Barcelona) 11; Erden (Anadolu) 10

Assists: Gavel (Brose) 8; Huertas e Sada (Barcelona) 6

Os brasileiros

Augusto Lima: 5m 39s; 3 pts; 1 reb; 1 b.perdida; 2 efi

Huertas: 17m 30s; 14 pts; 3 reb; 6 ass; 1 b.recuperada; 19 efi

Próxima rodada dias 3 e 4 de janeiro. Acompanhe pelo site http://euroleague.net

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O Feliz Ano Velho do Basquetebol Masculino

Amigos do Basquetebol

Com certeza, vocês devem ter estranhado o título deste post e terem achado que me enganei.

Mas não, não me enganei.

Para o basquetebol masculino brasileiro foi um Feliz Ano Velho.

A volta aos Jogos Olímpicos, por si só, me deixa convicto que tivemos um 2012 muito feliz para o basquetebol masculino brasileiro.

Ver novamente nossa equipe entre as maiores potências mundiais foi gratificante. Alguns podem contestar o resultado (5o. lugar) achando que poderíamos estar disputando medalhas.

Alguns, os mais céticos, podem até dizer que não fizemos nada além da obrigação, com o que não concordo.

Mas ninguém pode negar que o Brasil voltou a ser visto e respeitado. O Brasil voltou a contar com sua força máxima e todos encarando a missão olímpica com muita vontade, seriedade e responsabilidade. E incluo neste comentário todos, sem exceção (dirigentes, comissão técnica, atletas e, até nós, aficionados e que acompanhamos o basquetebol por obrigação ou divertimento).

Para mim foi uma satisfação enorme ver nosso time masculino em Londres (três jogos ao vivo e os demais pela tv), encarando de igual para igual os papões mundiais, mesmo que se avente a possibilidade da famosa “amolecida” dos espanhóis (aliás este é problema deles). Nós fizemos a nossa parte.

E se não fosse aquela última bolinho do russo, com certeza, o destino poderia ser outro. Mas como o “se” não pode ser considerado, o que valeu foi o comportamento dos nossos meninos em quadra (e fora delas) sob  o comando do Ruben Magnano e seu grupo de apoio.

Um fato que, certamente, contribuiu para esse despertar do nosso basquetebol masculino, foi a Liga Nacional de Basquetebol. Com uma gestão profissional, desenvolvida por pessoas extremamente competentes e desprovidas de anseios políticos, a LNB deu uma lição de como se deve organizar e tocar o basquetebol brasileiro.

A manutenção de grandes estrelas, o repatriamento de outras tantas e a vinda de estrangeiros de qualidade, somados a um grupo de treinadores de altíssimo nível e árbitros experientes e competentes a LNB vem promovendo uma melhora considerável nos jogos e nos campeonatos por ela organizados.

A LNB também está promovendo o surgimento de  novas equipes e novos polos de basquetebol. Palmeiras, Mogi, Suzano e o Ceará vêm se juntar às equipes que já fazem parte deste conjunto que promete mexer cada vez mais com nosso basquetebol.

Tudo bem que ainda pecamos nas competições continentais inter-clubes, nas quais ainda não conseguimos quebrar a hegemonia dos argentinos. Mas acredito que isto acontecerá em breve.

Além de tudo isto, a LNB ainda preocupa-se com o desenvolvimento de jovens atletas com a realização da Liga de Desenvolvimento que, com certeza, mostrará ao público futuros valores que integrarão  no futuro suas equipes principais e, quem sabe nossas seleções de base a, até mesmo, nossa equipe principal.

Posso ser até chamado de ufanista. Mas eu acredito no nosso basquetebol.

Acredito que com gestões mais aprimorada (tanto em nível nacional, quanto em nível estadual), nossos campeonatos de base acontecerão com maior qualidade, nossa Escola Nacional de Treinadores terá o reconhecimento que ela merece e o nosso feminino voltará a nos trazer prazer e grandes resultados.

Por isso que volto a insistir que o título deste post não foi um engano ou erro de digitação. Espero que este Feliz Ano Velho nos traga um Ano Novo com um basquetebol muito melhor e que nos faça vibrar com suas conquistas nos importantes torneios que teremos pela frente.

Abraço a todos e um Feliz Ano Novo!

O basquetebol masculino volta aos Jogos Olímpicos
O basquetebol masculino volta aos Jogos Olímpicos
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Euroliga: fator mando de jogo

Amigos do Basquetebol

Passado o Natal retornamos com mais notícias da Euroliga que recomeça amanhã em sua fase “top 16”.

Neste post mostrarei os números da competição relacionando-os ao fator mando de jogo.

Em várias competições o número de vitórias dos mandantes gira em torno dos 63%. Na fase de classificação da Euroliga tivemos 120 jogos com 73 vitorias dos mandantes (61%) e 47 vitórias dos visitantes (39%).

A média dos resultados foi de 81,0 x 69,9. A média dos resultados dos Mandantes foi de 80,8 x 69,9, enquanto dos visitantes foi de 81,4 x 69,8

Em relação à diferença de pontos tivemos o seguinte quadro (diferença de pontos = total de número de jogos/mandantes/visitantes)

1-3 = 29/20/9

4-10 = 39/19/20

11-20 = 37/23/14

21-30 = 11/7/4

> 30 = 4/3/1

Nenhuma equipe manteve a invencibilidade jogando em sua casa. Já como visitante Barcelona (9-1) e CSKA (9-1) mantiveram-se invictos (5-0) com um detalhe interessante, no confronto direto entre eles uma vitória cada, exatamente na casa do adversário.

As equipes com melhores campanhas foram Zalguiris, Olympiakos, Maccabi e Unicaja, todos com 8-2 (4-1 como mandantes e 4-1 como visitantes).

Outros dados

Melhores ataques: Montepaschi (87,9); Real Madrid (83,2); Maccabi (81,0); Zalguiris (80,4) e Olympiakos (78,8)

Melhores defesas: Barcelona (63,6); Zalguiris (69,3); CSKA (70,9); Unicaja (71,5) e Panathinaikos (72,2)

Melhor average (pontos feitos/pontos sofridos): Barcelona (1,216); Zalguiris (1,160); Maccabi (1,144); Real Madrid (1,131) e CSKA (1,104)

Melhores Campanhas: Barcelona e CSKA (9-1); Maccabi, Unicaja, Zalguiris e Olympiakos (8-2); Real Madrid (7-3); Khimki, Panathinaikos (6-4); Montepaschi, Anadolu, Fenerbaçe e Besiktas (5-5)

A fase “top 16” começa amanhã – 27 de dezembro e pode ser acompanhada pelo site http://euroleague.net

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Euroliga: números da fase classificatória

Amigos do Basquetebol

Apresento alguns números da fase de classificação da Euroliga de Basquetebol.

Equipes

Índice de Eficiência: Maccabi – 93,7; Real Madrid – 93,0; Barcelona – 91,6 (média do campeonato = 78,0)

Pontos: Montepaschi – 87,9; Real Madrid – 83,2; Maccabi – 81,0 (média = 75,0)

Rebotes: Panathinaikos – 36,4; Unicaja – 36,2; Real Madrid – 36,0 (média = 33,0)

Assists: Montepaschi – 17,9; Khimki – 17,7; Maccabi – 16,5 (média = 14,0)

Bolas Recuperadas: Anadolu – 8,5; Maccabi – 8,2; Barcelona – 8,0 (média = 6,0)

Bolas Perdidas: Cantu – 10,8; Montepaschi –  11,6; Fenerbaçe – 12,1 (média = 14,0)

% 2 pontos: Panathinaikos – 58,1; Barcelona – 57,8; Zalguiris – 55,3 (média = 51,1)

% 3 pontos: Montepaschi – 43,3; Milan – 39,8; Maccabi – 39,8 (média = 35,7)

% Lances- Livres: Montepaschi – 79,8; Zalgiris – 79,2; Caja Laboral – 79,2 (média = 73,1)

Individuais

Índice de Eficiência: Bouroussis (Milan) – 18,9; Baynes (Ljubljiana) – 18,2; Spanoulis (Olympiakos) – 17,7

Cestinhas: Brown (Montepaschi) – 19,5; Langford (Milan) – 17,0; Machbar (Brose) – 16,8

Rebotes: Baynes (Ljubljiana) – 9,8; Bourossis (Milan) – 8,3; Williams (Ela Chalon) – 7,6

Assists: Diamantidis (Panathinaikos) – 6,3; Spanoulis (Olympiakos) – 5,9; Brown (Montepaschi) – 5,7

Os Brasileiros

Huertas: 19,2 min; 9,3 pts; 2,1 reb; 2,7 ass; 1,1 brec; 1,9 bperd; 10,6 efi

Augusto: 10,3 min; 3,5 pts; 2,7 reb; 0,2 ass; 0,8 rec; 3,3 efi

 

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Euroliga: definida a próxima fase

Amigos do Basquetebol

Estão definidos os grupos para a próxima fase da Euroliga de Basquetebol.

Nesta fase, as equipes foram divididas em dois grupos de oito nos quais os quatro primeiros classificados de cada grupo disputarão os playoffs no sistema de cruzamento (1×4; 2×3; 3×2 e 4×1). Esta fase acontecerá de 27 de dezembro a 5 de abril com jogos de ida e volta.

Os playoffs ocorrerão de 9 a 25 de abril de 2013 e o “Final Four” será jogado de 10 a 12 de maio em Londres. Os ingressos para o “Final Four” já estão à venda no site da Euroliga http://euroleague .net e os preços variam de 160,00 a 595,00 euros para todo o torneio.

Os grupos:

A: Real Madrid (ESP), Zalguiris (LIT), Unicaja (ESP), CSKA (RUS), Panathinaikos (GRE), Anadolou (TUR), Alba (ALE), Brose (ALE)

B: Maccabi (ISR), Barcelona (ESP), Khimri (RUS), Olympiakos (GRE), MOntepaschi (ITA), Besiktas (TUR), Fenerbaçe (TUR), Caja Laboral (ESP).

As melhores campanhas da primeira fase foram do Barcelona e CSKA com 9 vitórias e 1 derrota, seguidos por Maccabi, Unicaja, Zalguiris e Olympiakos com 8 vitórias e 2 derrotas.

A Espanha terá 4 representantes; Turquia 3; Grécia, Rússia e Alemanha 2; Itália, Israel e Lituânia 1. As ausências mais sentidas serão as equipes da Sérvia e Croácia que não obtiveram boas campanhas na primeira fase.

Títulos

Das equipes classificadas o Real Madrid é a maior detentora de títulos (8), seguida do CSKA e Maccabi (5), Barcelona e Olympiakos (2) e Zalguiris (1).

Realmente será um belíssimo campeonato que vale a pena acompanhar.

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Ensinando o atleta a lidar com a pressão

Amigos do Basquetebol
Neste post Carla Di Pierro (Psicóloga do esporte do Time Brasil COB e coordenadora do curso de especialização em Psicologia do Esporte do Núcleo Paradigma – São Paulo), abordará um tema muito recorrente nos meios competitivos: como um atleta deve lidar com a pressão.
O esporte de alto rendimento tem no nome seu objetivo: rendimento.
O atleta e sua equipe precisam render vitórias, quebra de recordes, emoção para sua torcida e visibilidade para seu patrocinador e a performance do atleta é a única capaz de realizar tudo isso.

As cobranças pelo resultado são muitas e vêm de diferentes fontes desde o treinador, a torcida, o clube, os dirigentes, o patrocinador até a família. Mas muitas vezes a maior cobrança vem do próprio atleta, que quer com todas as forças ser o melhor, que persegue obsessivamente o acerto e a perfeição e doa sua juventude para isso.

Sim, os atletas são jovens, na maioria das vezes começam crianças, e na adolescência estão completamente envolvidos nas idas e vindas dos treinos, na alimentação regrada e no sono contado. Viajam, mas para competir, e relaxam num único day off, que às vezes acontece mensalmente. Mas na maioria dos casos descanso mesmo é nas férias (uma semana no ano está bom?) antes da pré-temporada, momento que começa a preparação para o início de mais um ano em busca por resultados melhores.

Após investir toda a adolescência, fase de transição na nossa cultura para preparar melhor a criança para enfrentar as responsabilidades da vida adulta, o atleta chega à categoria profissional. É quando a cobrança aumenta. Já que ele é adulto e profissional deve estar preparado para enfrentar qualquer adversário, obstáculo ou pressão de onde vier, certo?

Sim e não, eu explico.

Sim, porque o atleta profissional deve ter a habilidade de lidar com pressão. Esta habilidade é determinante para que ele possa colocar em prática sua técnica na hora da competição, para equilibrar seus ânimos quando é exigido pela torcida ou quando é desafiado pelos seus adversários e para lidar com a dor e cansaço promovidos pela dura rotina de treinamento.

Não, porque o atleta, apesar de ser exigido como alguém que deve estar preparado para tudo o que vier não é uma máquina de resultados, é uma pessoa que tem uma história, e que dedicou boa parte dela ao esporte.

A maioria desconhece a rotina do atleta de alto rendimento pois o que mais aparece ao público em geral são apenas algumas das consequências da alta performance: fama, vitória e sucesso. Por trás desses resultados há também fracassos, tentativas e erros e um processo longo, desenhado através de uma história que começou a ser escrita quando ele foi concebido e mais tarde quando a criança ou o adolescente escolhe por uma modalidade esportiva, ou quando escolhem por ele, já que na maior parte das vezes a escolha dos pais e o apoio deles é decisivo para que ele se torne um atleta.

É a partir do momento da escolha pela vida de atleta que a criança e o adolescente se envolvem com uma vida diferente dos colegas, mais restrita aos treinos e ao ambiente da modalidade escolhida e abdica de uma vida social “normal”.

Para qualquer pessoa desenvolver qualquer habilidade ela precisa de treino e isso é uma das coisas que difere as pessoas comuns dos atletas. Além do que chamam de talento, os atletas precisam treinar duro e por isso treinam muito desde cedo e isso os faz diferente. Mas o treino físico desenvolve a habilidades físicas e o treino técnico as habilidades técnicas. Mas o que desenvolve a habilidade de enfrentar pressão? E de solucionar problemas?

Para enfrentar pressão precisamos lidar com os sentimentos e as emoções que ela provoca, pensar, raciocinar e decidir como enfrentá-la e isso também precisa de treino.

A resolução de um problema não se dá apenas através do pensamento ou raciocínio internamente.É um processo que ocorre a partir de uma aprendizagem. Aquilo que aprendo em uma situação anterior posso usar, em parte, o que funcionou para resolver um novo problema. Sendo assim a resolução de problemas não é interna e nem aleatória , ela depende de uma história de aprendizado do atleta, ninguém neste caso pode fazer por ele.

Muitas vezes focados no treino físico, técnico e tático, o atleta pouco desenvolve e pratica suas habilidades psicológicas e sociais. Ele tem pouco tempo para gastar com este aprendizado que só acontece quando ele se expõe nas relações com o mundo, quando precisa decidir, opinar, quando precisa se relacionar e olhar para si mesmo. Por quê gastar tempo com isso se ele pode treinar?

Porque observar sensações e sentimentos e saber o que fazer com eles é treinar auto-conhecimento, é um treino para a vida. Quanto mais o atleta se conhece, mais sabe o que quer de verdade e aonde quer chegar, mesmo que isto custe abdicar de algumas coisas. E treinar como resolver problemas é ganhar autonomia emocional, é ter liberdade de escolha, ter opinião e força para tomar decisões e enfrentar a cobrança venha de onde vier.

Esta não é uma lição de casa apenas para os atletas, mas para todos envolvidos com o esporte que acompanham atletas no dia-a-dia e o ajudam na construção desta história. São essas pessoas envolvidas no desenvolvimento do atleta os maiores facilitadores desta aprendizagem, mas para que aconteça precisam estar abertos à ela.

carla@carladipierro.com.br
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Euroliga em tempo de definições

Amigos do Basquetebol

A Euroliga, maior campeonato de clubes do mundo, chega em sua reta final. Faltando uma rodada para o término da primeira fase, e 13 equipes já garantiram sua passagem para a próxima fase.

No grupo A, Panathinaikos (6-3), Real Madrid (6-3) e Khimry Moscow (5-4) estão com  a classificação garantida. A última vaga do grupo ficará entre Fenerbaçe (4-5) e Cantu (3-6) que travarão confronto direto em Istambul.

No grupo B as coisas já estão definidas. Classificaram-se Maccabi e Unicaja (7-2), Montepaschi (5-4) e Alba Berlin (4-5).

Pelo grupo C Zalguiris e Olympiakos (7-2) e Anadolou Efes (5-4) garantiram a classificação. A última vaga será disputada pela Caja Laboral (3-6) que enfrentará o Zagreb em sua casa e o Milan (3-6) que terá pela frente o Olympiakos na casa do adversário.

Pelo grupo D o Barcelona (9-0), CSKA (8-1) e o Besiktas (4-5) passaram para a próxima fase. Os três times que completam o grupo brigarão pela última vaga. O confronto mais importante será o do Partizan x Brose, ambos com 3-6. Lietuvos (3-6) terá pela frente o Besiktas em Istambul.

Barcelona, único invicto
Barcelona, único invicto

Lembrando que para a fase dos “top 16” as equipes serão divididas em dois grupos de 8 e os quatro primeiro de cada grupo avançarão para os “play-offs”.

A rodada decisiva será realizada no dia 13 de dezembro.

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Números da Liga Sul-Americana

Amigos do Basquetebol

Terminou a Liga Sul-Americana e mais uma vez vemos os argentinos com o título.

Título este conseguido pelo average entre as equipes que empataram no primeiro lugar no quadrangular final (Corrientes, Brasília e Flamengo). Esses números apresentados a seguir refletem a campanha das três equipes em todo o Torneio (9 jogos):

Média de pontos (Corrientes; Brasília; Flamengo): 86,0; 92,7; 87,0

% 2 pontos: 51,4; 57,1; 55,7

% 3 pontos: 41,4; 43,0; 37,2

% l.livres: 69,6; 75,6; 68,9

Rebotes: 36,1; 31,1; 33,9

Assists: 17,1; 20,2; 16,7

Bolas Perdidas: 12,0; 12,8; 11,0

Bolas Recuperadas: 8,8; 8,8; 6,7

Considerando-se o confronto entre as três equipes, os números são os seguintes:

Média de pontos (Corrientes; Brasília; Flamengo): 77,5; 80,5; 78,0

Pontos sofridos: 71,5; 74,0; 83,0

% 2 pontos: 48,0; 49,0; 55,5

% 3 pontos: 34,5; 37,0; 26,0

% l.livres: 71,5; 78,5; 76,5

Rebotes: 42,0; 26,0; 31,0

Assists: 18,0; 14,0; 14,0

Bolas Perdidas: 18,0; 15,5; 15,5

Bolas Recuperadas: 9,5; 8,0; 6,5

Se levarmos em consideração as estatísticas de jogo observamos um equilíbrio muito grande nas ações que são mensuradas durante os jogos. Apesar de alguns insistirem na teoria de que nosso basquetebol só joga na base dos três pontos, o que vimos na recente Liga Sul-Americana foi um festival de bolas de três praticado pela maioria das equipes, quase que anulando a ação dos pivôs que, em minha modesta opinião, estão se tornando peça decorativa no jogo de basquetebol.

Ainda no campo estatístico e para reforçar a ideia de que, atualmente, os sistemas de jogo no basquetebol estão priorizando as bolas de 3 pontos, o Flamengo foi a equipe que teve a pior relação entre pontos obtidos através de bolas de 3 e a pontuação total (27,9%) e “coincidentemente” foi a equipe que teve o pior average entre os três empatados, sendo que este fato confirmou-se no quadrangular final, quando a equipe brasileira teve somente 19,2% de seus pontos obtidos através dos arremessos de 3 pontos.

A seguir é demonstrada relação entre os pontos obtidos pelos arremessos de 2 pontos, 3 pontos e lances-livres das três equipes que terminaram o torneio empatadas em primeiro lugar:

Corrientes

total de pontos: 155

2 pontos: 80 (51,6%)

3 pontos: 42 (27,1%)

l.livres: 33 (21,3%)

Brasília

total de pontos: 146

2 pontos: 5800 (39,7%)

3 pontos: 51 (34,9%)

l.livres: 37 (25,3%)

Flamengo

total de pontos: 156

2 pontos: 90 (57,7%)

3 pontos: 30 (19,2%)

l.livres: 36 (23,1%)

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Experiências e aprendizados que trouxe de Londres

Amigos do Basquetebol

A colaboração para o blog agora vem da ex-aluna Marisa Adélia Branco. Ela é Bacharel em Esporte pela Escola de Educação Física e Esporte da USP. Ex- Técnica de Basquetebol Feminino das categorias de Base do Bradesco Esportes/ Osasco e Projeto Esporte Talento/Instituto Ayrton Senna/USP. Atualmente Educadora Esportiva na Prefeitura de Jundiaí, atuando como Técnica de Basquetebol Feminino das categorias de Base da Equipe Divino/COC/Jundiaí.

Ela mostra sua experiência vivida em Londres durante os Jogos Olímpicos.

Desde que Londres foi escolhida pra ser sede dos Jogos Olímpicos pensei que seria uma grande e bela oportunidade de vivenciar os Jogos, principalmente pelo fato de que o Brasil sediará dois dos maiores eventos esportivos internacionais, a Copa do Mundo de Futebol em 2104 e as Olímpiadas em 2016.

Então depois de muitas idas e vindas, e, principalmente “contas” em Libras, decidi ir para lá buscando aliar os Jogos Olímpicos com estudo e cultura. Embarquei e estive lá 32 dias. Cheguei 20 dias antes dos Jogos para estudar e melhorar o inglês, e, ainda de quebra conhecer mais alguns países na Europa. Quando cheguei encontrei uma cidade terminando de se preparar para os Jogos, com todas as estações de metrô sinalizadas com orientações para os locais de competição, ruas enfeitadas. Muitos jornais e revistas, alguns inclusive gratuitos, destacando informações acerca dos Jogos. Buscavam principalmente envolver a população, alertando e solicitando que todos colaborassem para que o transporte público de Londres, já bastante saturado, suportasse o fluxo de pessoas que circulariam por lá.

Para elucidar um pouco mais sobre essa preocupação, segundo o guia oficial, foram 20.000.000 de espectadores, 70.000 voluntários e 8.800.000 de tickets oferecidos!

Ainda quanto ao transporte foi possível percorrer toda a cidade de trem e metrô. Londres tem 400 km de linha. Um alerta para o  Rio de Janeiro que tem hoje 46 km! E a população realmente contribuiu no período dos Jogos, alterando sua rota para que o sistema não entrasse em colapso.

Para me familiarizar com tudo que estava programado, uma semana antes dos Jogos fiz o “Olympic Walk Tour London”. Um passeio guiado com várias informações e curiosidades sobre as instalações do Parque Olímpico, sobre a região de “Stratford”, que foi totalmente transformada para receber o “Olympic Park”, inclusive com a construção do belo Shopping “Westfield” e um Centro Empresarial. Informações sobre todo o plano “pós-Jogos” que existe para a região, enfim, bastante interessante.

Ao todo assisti 18 eventos entre as modalidades de Basquete Feminino e Masculino, Handebol Feminino, Voleibol Masculino, Natação, Atletismo, Ginástica Artística, Tênnis, Futebol Feminino e Triathlon. Adquiri os tickets no Brasil e em Londres com a Tamoyo, empresa credenciada e única autorizada a vender para brasileiros. Ainda tive a oportunidade de ser incluída no programa “Family and Friends” do Handebol Feminino com o apoio da amiga Rita Orsi (supervisora da Seleção Feminina de Handball) e recebi alguns tickets gratuitos. Poderia ter sido incluída no basquete Feminino, com o apoio do Tarallo, mas eu já havia adquirido os ingressos do basquete antecipadamente.

Mas uma das coisas que me chamou a atenção é que muitos londrinos reclamavam por não terem conseguido comprar ingressos para os Jogos, e, que não conseguiriam assistir os eventos. Então vamos torcer para que o mesmo não ocorra no Brasil.

Abro aqui um parêntese para elucidar que havia muitos policiais à paisana coibindo o repasse de ingressos. Inclusive fui abordada e me perguntaram se eu tinha algum pra vender. Inocentemente disse que talvez pudesse vender um ingresso da natação que não conseguiria mais assistir. Havia pagado caro por ele e apenas queria recuperar o dinheiro. Quase fui presa!!! Graças a Deus depois de conversar e comprovar que eu não era cambista me liberaram ali mesmo. Ufa!!!

Quanto às instalações, além do Parque Olímpico, visitei também outros locais de competição, entre eles Wimbledon (chamado de Templo do Tênnis Mundial), Estádio de Wembley, “Earls Court” (vôlei), North Greenwich Arena (Ginástica Artística) e Hyde Park. Em todos estes locais, nas ruas, estações de metrô e trens, a organização de Londres é algo que realmente me impressionou. Mas também posso destacar a limpeza, a segurança, sinalizações e informativos e a preocupação com a mobilidade de pessoas portadoras de deficiências, pessoas com crianças e idosos.

Posso dizer que quem esteve em Londres encontrou uma cidade lotada, envolvida pelo esporte, mas que “funcionou” muito bem, e com inúmeras outras atrações para visitar entre Museus (todos gratuitos!), London Eye, Pubs, Markets, etc. Muita coisa pra fazer. Também reencontrei muitos amigos, fiz novas amizades e pude assistir extraordinários atletas, entre eles Michael Phelps na natação, Serena Willians no Tênnis, o “Dream Team” do basquete masculino dos EUA. Momentos que ficarão guardados pra sempre na memória.

Quanto ao nosso basquete… Fiquei muito feliz pelo masculino que vem mostrando uma grande evolução tanto de ordem tática como técnica. Jogando com um padrão e ritmo de jogo muito próximo das equipes de destaque em Londres. E que sonho poder assistir ao vivo jogadores como: Lebron James, Pau Gasol, Kevin Durant e Kobe Bryant!

Mas no basquete feminino  avalio  que precisamos melhorar e repensar muitas coisas. Eu como técnica das categorias de base me incluo nisso e posso dizer que observei muita dificuldade técnica das nossas atletas frente a outras equipes. Cometemos muitos erros técnicos nas ações de jogo e isso compromete qualquer estrutura tática.

Acredito que primeiro precisamos de humildade para admitir as deficiências e trabalhar muito para evoluir, assim como fez o masculino que precisou amargar muitos anos fora do cenário internacional para se conscientizar de que egos, não trazem medalhas, e, aqui me refiro a atletas, técnicos e dirigentes como um todo. Exemplo disso foi ver a equipe masculina dos EUA comemorando o ouro. Todas aquelas “estrelas” juntas, se confraternizando e se respeitando é algo para realmente admirar.

Enfim, o Brasil será o próximo palco de tudo isso e não acho que cabe aqui discutir se isso será bom ou ruim. O fato é que Rio 2016 já começou há um bom tempo, e, quanto mais nos envolvermos com todo o processo, melhor será a representatividade do nosso país.

Vivenciar os Jogos Olímpicos foi uma experiência única!

Obs: os textos são de inteira responsabilidade de seus autores e não sofrem qualquer modificação em seu conteúdo.

 

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Reflexões sobre o Esporte

Amigos do Basquetebol

Trago novamente uma colaboração do Professor Jorge Olímpio Bento.

Em seu livro – Desporto: discurso e substância (Ed. Campo das Letras – 2004), nosso colaborador faz uma análise bastante interessante sobre o esporte e suas diferentes manifestações.

Com a devida autorização do autor, atrevi-me a sintetizar algumas de suas ideias que trago a vocês através do blog. Lembro que a ortografia original foi mantida, pois o livro é escrito em Língua Portuguesa de Portugal.

O Desporto é uma forma de relações e condutas humanas, um códice de normas de trato humano duramente posto à prova em situações e dificuldades como são as do jogo e da competição.

O Desporto pertence ao conjunto dos domínios corporais em que nos reconhecemos como seres humanos, em aprendemos estilos de respeito e gestos de circunspecção humanizadores que temos uns para com os outros.

O Desporto ainda é um espaço inigualável de formação humana, por ser um domínio cultural, criado livre de finalidades existenciais ou de sobrevivência. Assume-se nele o esforço humano de procura e realização de sentidos sob a forma de vivências motoras.

A vida e a sociedade atuais são muito criticadas por serem perpassadas pela competição e esta é duramente vergastada por ser fonte dos males que assolam aquelas. Eis um tremendo equívoco. A acusação deve voltar-se para outro alvo. A competição é base e pressuposto para a cooperação. Quem não sabe competir não sabe cooperar.

O jogo é uma rara oportunidade do homem reecontrar e assumir a variedade e naturalidade de acepções do ser humano. O jogo desportivo socializa na vitória e na derrota. É uma ação renovadora e enriquecedora, porque permite experimentar ações sem as consequências que teriam num ato sério. Permite acumular respostas de tipo novo dificilmente atingíveis de outro modo e abordar problemas que normalmente ficariam por tratar. Reproduz tensões e contradições da vida. O jogo altera e inverte papeis e situações: quem até agora perdeu pode ser em breve o vencedor; quem ganha hoje pode estar seguro de que isso não acontecerá sempre.

Os valores adquiridos e cultivados pelo palco desportivo não se confinam a esse espaço; transitam para além dele.

Relatos de atletas sobre valores adquiridos no desporto:

  • Colocar paixão e emoção no que se faz
  • Exercitar a disciplina e autodisciplina e gerir bem o tempo de cada dia
  • Suplantar deficiências e perseguir o aperfeiçoamento
  • Interagir com os outros
  • Agir segundo as regras do jogo como forma de se respeitar a si próprio
  • Desenvolver e testar competências: motoras, técnicas, táticas, afetivas e cognitivas
  • Nunca desistir, saber lidar com adversidades
  • Incorporar o gosto e o risco de tomar decisões
  • Assumir responsabilidades e aceitar críticas
  • Formar um sentido de liderança
  • Cultivar a imaginação, inovação e a criatividade

O desporto é um lugar de descoberta e revelação.

No desporto todos têm lugar. O reconhecimento e o respeito pelas diferenças. A vivência e a aceitação da vitória e da derrota, do sucesso e do insucesso, da superioridade e da inferioridade, do mérito e da falta que este nos faz.

 Esta é mais uma brilhante contribuição do amigo Jorge Bento ao esporte e a todos aqueles que acreditam no valor do esporte para a formação e desenvolvimento global dos indivíduos.

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