Amigos do Basquetebol
Trago neste post um texto do mestre Wlamir Marques. Ele foi publicado originalmente no face do nosso grande ídolo e é aqui reproduzido com a devida permissão do autor.
“Hoje é quinta feira. Amanhã 6ª feira dia 30/08 será dado o “pontapé” inicial da Copa América de basquete masculino a ser realizado na Venezuela/Caracas. Coloquei pontapé de propósito, senão alguém pode não gostar do “bola ao alto” e não levar em consideração a mensagem. Escrevo conforme as leis da mídia no esporte brasileiro.
Vou ter alguns trabalhos pela frente, vou comentar os jogos do Brasil e mais alguns que porventura os canais ESPN possam me escalar. Não estou pedindo que me vejam e nem que me ouçam, não uso esse tipo de expediente, apenas estou passando informações, afinal, as noticias sobre basquete só aparecem em destaque nas trevas.
Já sei, estou exagerando. Nada disso, estou apenas divagando, brincando, pensando alto, pois nas vitórias também saem noticias, muitas delas lidas ou ouvidas em menos de 24 segundos, mais do que isso estoura o tempo. Não reclamo, é assim o jogo.
Mas o principal assunto que me trás aqui nesse cotidiano cheio de sol na capital paulista, são os meus comentários na tv. Me assusto porque eu sendo por 66 anos (sem contar os outros 10) um dos maiores defensores do basquete brasileiro, possa estar atrapalhando a evolução da modalidade no país, apontando erros pontuais nas minhas manifestações. Será?
Confesso que me preocupo, mas não encontro maneiras para atenuar alguns desacertos coletivos e individuais ocorridos nos jogos. Alguns acham que eu critico acima da média, que outros comentaristas não o fazem tão amiúde, será isso um erro? Apontar erros é crime?
Pois é, o maior erro de interpretação a meu respeito é acharem que eu critico, quando eu não critico, apenas aponto o erro e indico o caminho do acerto, seja lá para quem for. É interessante essa interpretação, ainda mais quando dirijo os meus comentários para um público heterogêneo, muitos sem qualquer identidade com a modalidade.
Para aqueles que não entendem do jogo eu tento ajuda-los nas suas visões. Para quem entende, estarei sempre concordando com tudo aquilo que possam acrescentar. Sei também que não há uma visão única em um jogo tão complicado como é o basquete, mas como comentarista sou obrigado a expor a minha. É um dever pessoal e funcional.
Tenho recebido alguns conselhos sobre o meu trabalho na tv, alguns sem sentido e outros curiosos. Vou contar uma curiosidade: Wlamir, você é muito frio, você tem que torcer mais e criticar menos, é assim que as transmissões são feitas em outros países, puxam sempre os comentários à favor dos seus países, todos torcem desesperadamente.
Olha, esse conselho bateu na minha cabeça e saiu em disparada, senão eu teria um avc ou um infarto com tanta ousadia. Quer dizer então que eu tenho de ser muito mais um torcedor do que comentarista? Façam o seguinte: Venham sentar ao meu lado e sintam. Sabem qual foi a minha resposta? “TORÇO MAS NÃO DISTORÇO” e encerrei a conversa.”